Há muito tempo que as Delegacias de Polícia funcionam em condições bastante precárias. É do conhecimento de todos, assim como também da Administração. Aliás, também é de conhecimento obrigatório do bom, responsável, zeloso e competente Administrador.
Mais precários ainda são os plantões, onde os servidores, mesmo diante de todas as dificuldades atuam para dar respostas imediatas aos problemas que ali se apresentam. Os profissionais desenvolvem suas atribuições e realizam suas atividades em situações bastante adversas. É fato!
Um servidor, uma Autoridade, que atua num dos plantões com a maior demanda do Deinter-6, preocupado na solução de problema técnico, buscando resolver a questão, durante um plantão noturno e exaustivo, teve a sua atitude interpretada como grosseira.
A análise dos fatos não traduzem essa interpretação e, quem conhece a Autoridade, sabe perfeitamente que é a pessoa que tem como predicados a cortesia e a urbanidade. Nessas três décadas de atuação, conquistou a marca do respeito, forjada na seriedade e decência das suas ações.
O fato motivou a remoção da Autoridade do grupo de trabalho criado no whatssap. Uma ferramenta criada, sem dúvida nenhuma, para trazer esclarecimentos, apoio, aperfeiçoamento, afastar falhas, orientação e ensinamento, dada a deficiência de implantação do sistema, posto que ausente uma formação séria do servidor para a operação do sistema.
A remoção foi uma atitude no mínimo equivocada e, essa sim, grosseira, autoritária e desarrazoada. Às portas do início da temporada, um servidor fica impedido de manusear uma ferramenta de apoio ao trabalho desenvolvido. Atitude abrupta, desnecessária, imotivada e que atenta contra o interesse público, presente na prestação da atividade desenvolvida no plantão policial.
A ação razoável e equilibrada seria o contato com o suporte ou com o plantão. Assim teria a busca por detalhes da questão e auxiliaria no resultado do assunto, trazendo dessa meneira, solução e tranquilidade.
Em meio a esse cenário, o Sindicato se sente no dever de registrar mais um lamentável episódio, que traduz a insensibilidade da Administração com a nossa realidade e, talvez, seja a ação do Sindicato que vem dificultando o sono de alguns administradores.
Não podemos nos calar diante de atitudes dessa natureza. Somos servidores, com obrigações sim, mas com direitos e responsabilidades. Nosso leal dever é com a Administração e não com Administradores. Devemos lealdade à dignidade das nossas funções e não cumplicidade com omissões e improbidades.
