Nas ruas ou na Justiça, Sinpolsan não desiste da luta
Diante da falta de diálogo e do descaso do governo, a Justiça se tornou uma aliada fundamental nas lutas do Sinpolsan. A dois dias de completar 31 anos, o Sindicato conta com uma trajetória marcada pela execução de muitas liminares pelo Departamento Jurídico da entidade para garantir os direitos dos Policiais Civis. A chegada da pandemia aumentou ainda mais a demanda já que a falta de comprometimento do poder público, junto a categoria, se estendeu também para a crise sanitária. Foi necessário recorrer a medidas mais efetivas para evitar o aumento de casos de contaminação pelo coronavírus entre os profissionais de segurança.
Além disso, muitos benefícios foram mantidos através de documentos protocolados na esfera judicial. Entre eles está a manutenção do decreto que isenta portadores de deficiência do pagamento de impostos, como o IPVA. João Doria até tentou transferir, mais uma vez, a conta para o cidadão, mas o Sinpolsan saiu na frente e impediu mais essa manobra tucana contra os menos favorecidos.
Outra ação envolveu a suspensão da correições, que ocorreriam em um período crítico da crise sanitária, quando havia sido implantada a fase vermelha, emergencial. O objetivo da administração era manter a auditoria, apesar do momento delicado. O Sindicato interveio e cancelou a medida. E não para por aí.
Houve a questão referente ao pagamento do Adicional por Direção da Atividade de Polícia Judiciária (ADPJ), inclusive para aqueles que não estão na ativa, conforme determina a legislação. “Provavelmente não conseguiríamos enumerar todas as ações judiciais já impetradas pelo Sinpolsan. Foram muitas, já que as arbitrariedades do governo nunca acabam. Utilizamos todas as armas que temos para oferecer um ambiente de trabalho digno para a nossa categoria. E seguiremos nesse caminho, com lutas, mobilizações e o apoio da Justiça”, destacou o presidente do Sinpolsan, Renato Martins.
Nos seis anos em que esteve à frente da entidade, o atual presidente da Feipol Sudeste, Marcio Pino, também teve o apoio da Justiça para evitar novos prejuízos aos Policiais Civis. “Nosso prioridade sempre foi cumprir com a nossa missão, custe o que custar e as vitórias estão aí para mostrar que não desistimos tão fácil, ainda que o governo insista em nos vencer pelo cansaço”, disse Pino.