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SINDICAL

À espera de valorização, categoria se frustra com reparação

5%. É com esse percentual de reajuste que o governador João Doria pretende fazer da segurança pública uma das vitrines do seu governo. “A melhor polícia do Brasil merece ser tratada como tal”. Essa é a afirmação de quem prometeu valorização e veio apenas com correção na tentativa de minimizar a insatisfação.

Enfim, houve pompa e circunstância, frases de efeito e até mesmo, expectativas atendidas. Afinal, o que esperar de um líder tucano que há menos de um mês chamou policiais aposentados de vagabundos? O mesmo que se aguarda há décadas sob a mira de bandidos bem preparados, em delegacias desestruturadas, com poder de compra defasado e um futuro sem esperança de ser modificado.

Vergonha

Durante muito tempo, acreditou-se ser descaso. Algumas vezes se fala em desconhecimento. No entanto, quando chega ao ponto da supervalorização de injustiças, o verdadeiro nome é vergonha.

Ao “subir no palanque” para continuar a sua busca por aprovação, em detrimento de trabalhadores que lutam, há anos, por melhorias, Doria troca a empatia pela ironia e faz das dificuldades, chacotas.

Ampliação do programa de pagamento de bônus por metas, aumento do valor do ticket de alimentação e assessoria jurídica gratuita a policiais. Na proposta do governo são ganhos. Para os policiais, apenas reparações.

“Ele criou uma expectativa de que realmente valorizaria e ofereceria melhores condições aos policiais, porém o anúncio foi uma frustração. Sem contar que de tão insignificante vai acabar sobrando nada para os inativos. Vários itens já existem, não há novidade. No caso do auxílio alimentação, por exemplo, está apenas corrigindo uma injustiça, equiparando ao valor pago à PM, uma vez que recebemos bem abaixo, apesar de termos o mesmo empenho no combate ao crime”, afirmou o presidente do Sinpolsan, Marcio Pino, destacando ainda a fala de Doria sobre o uso de carros blindados pela polícia civil.

“Disse que seríamos a primeira do Brasil a utilizar, mas esquece que as viaturas da rodoviária federal já vêm equipadas com a blindagem”.

Convocação

Diante das inconsistências e da insatisfação geral, o representante da categoria na Baixada Santista e região espera a participação dos trabalhadores na assembleia extraordinária que será realizada na próxima quarta-feira, às 20 horas em primeira chamada, e 20h30 em segunda. O encontro vai acontecer na sede do Sindicato, no Boqueirão, em Santos.

“Esperamos que a indignação se transforme em ação e resposta a essa falta de respeito aos profissionais de segurança. O Sindicato ira acatar a decisão da categoria, mas gostaria muito que se mobilizasse e cobrasse do governo aquilo que é de direito”.

Matéria sobre críticas do sindicato ao anúncio do governo
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