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SINDICAL

Vítimas históricas de promessas

Um dia, Amyr Klink disse “….é preciso parar de sonhar, tirar os planos das gavetas e, de algum modo, começar”. A Polícia Civil já parou de sonhar e há anos segue lutando, resistindo, começando e recomeçando na tentativa de impedir que o governo mantenha o descaso e o sucateamento do sistema. No entanto, quando se trata de segurança pública, as gavetas dos gabinetes de parlamentares e do líder tucano vive repleta de planos, que são colocados à mostra apenas na época da eleição ou quando o objetivo é impressionar a população. Não é à toa que as delegacias continuam sem estrutura, os salários muito abaixo do esperado, o déficit de funcionários impedindo que um trabalho de qualidade seja realizado e os policiais sob o risco iminente de não voltarem para as suas casas.

Se hoje as manchetes dos jornais e sites de notícias estampam a realidade vivida pelos policiais, no passado a situação não era diferente. Na verdade, o óbvio seria, em 2021, estar colhendo frutos de anúncios feitos pelo poder público. Porém, a categoria segue, apenas, acumulando novos cronogramas e projetos, que nunca saem do papel. Uma matéria publicada, por exemplo, em 2015, no Diário do Litoral, mostrava que a Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos, a Delegacia do Idoso e o 4 Distrito Policial deveriam ter uma nova sede, para abrigar as três repartições, ainda naquele ano. Mais de meia década se passou e, mais uma vez, nada foi feito. Não surpreende, apenas escancara o histórico de desvalorização dos policiais e a falta de comprometimento.

“Depois de seis anos, o Sindicato esperava pelo menos estar comemorando a transferência da sede da CPJ para um lugar novo, reformado, salubre. Depois desse período o que se verificou é que não houve nenhuma mudança, nenhuma reforma, ou seja, não houve o cumprimento da promessa apresentada na publicação e sequer início de alguma solução, ainda que paliativa. O prédio para onde se pretendia mudar há seis anos continua desocupado e agora com outra promessa que é a de abrigar outra delegacia e outras unidades, que até o presente momento também não foi concluído. Nenhum passo foi dado, nenhum projeto iniciado, nenhuma melhora no acolhimento às vítimas e a única visibilidade é a da inércia, revelando o descaso e a incompetência”, afirmou o presidente do Sinpolsan, Renato Martins.

Desde que assumiu o cargo no início deste ano, Martins tem atuado de forma efetiva para reverter o estado de calamidade dos distritos da Baixada Santista e Região. O representante da categoria tem feito denúncias recorrentes sobre a situação dos prédios, dando continuidade as ações da gestão anterior, quando Marcio Pino estava à frente da entidade. Atualmente, Pino atua como presidente da Feipol Sudeste e segue dando apoio ao Sindicato. “Não é de hoje que somos vítimas de conversa fiada. É muita teoria e pouca prática. O objetivo do governo não é qualificar, mas sim estar na mídia, subir no palanque, usando sempre a segurança como mote para aplausos e votos nas urnas”, disse Pino.

“Porque um dia é preciso parar de sonhar, tirar os planos das gavetas e, de algum modo, começar.” – Amyr Klink

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