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Sinpolsan garante R$8 mi para reforma do Palácio

Quando se tem razão, a luta nunca é em vão. E foi isso que o Sinpolsan mostrou, mais uma vez, ao garantir uma verba de R$ 8 milhões para a reforma do Palácio da Polícia, localizado no Centro de Santos. O prédio foi interditado na última sexta-feira pela Justiça, após o Sindicato ingressar com um pedido de tutela de emergência, devido às condições precárias do espaço. A intervenção do juiz foi novamente necessária, já que o Estado descumpriu os prazos estabelecidos para execução das obras.

Diante do cenário, o Governo do Estado, que costuma virar as costas para as necessidades dos Policiais Civis, foi obrigado a mostrar algum comprometimento com a categoria. Conforme divulgado, os R$ 8 milhões já estão assegurados, mas o processo licitatório sequer foi iniciado. A expectativa é de que, dessa vez, o poder público não esteja apenas buscando os holofotes mas, sim, disposto a reverter uma situação, que há anos coloca em risco a vida dos trabalhadores e da população. No entanto, apesar da notícia, previsão é de que o Estado recorra da decisão.

Briga desde 2015

Vale lembrar que a mobilização do Sinpolsan para acabar com as condições insalubres do Palácio começou ainda em 2015, na gestão do ex-presidente, Marcio Pino. Dois anos antes, em 2013, o governo tucano chegou a prometer R$ 1 milhão para o espaço. No entanto, a obra nunca saiu do papel. Foi necessária a contratação de um engenheiro pelo Sindicato para que aparecesse uma luz no fim do túnel. Na ocasião, o profissional atestou os problemas estruturais.

No início de 2019, um perito oficial esteve no local para, novamente, corroborar com as informações apresentadas pela entidade. O laudo chegou a apontar que caso ocorresse um incêndio, o edifício estava desprotegido. Além disso, foi detectada a presença de manchas de umidade nas paredes, pinturas desgastadas, pisos danificados, deficiência em relação à iluminação em determinados ambientes, ausência de extintores em locais estratégicos e precariedade nas instalações elétricas.

As irregularidades levaram o prédio a ser bloqueado em dezembro de 2019. Mas, foi liberado, levando o Sinpolsan a novas providências. “Esperamos que, agora, o Estado cumpra com a sua promessa, pois é uma vergonha que continuemos nessa situação. E o pior, estamos tratando de vidas, que podem ser prejudicadas pelo descaso do governo”, afirmou o presidente do Sindicato, Renato Martins.

Para o atual presidente da Feipol, Marcio Pino, que participou ativamente de todo o processo, esse novo aporte mostra a determinação e a seriedade da entidade. “Não desistiremos até termos certeza de que o local não oferece mais riscos. Chega de sermos vítimas. Merecemos respeito”, destacou.

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