A morte de um Policial Militar após capotamento da viatura em Osasco, no último domingo, traz mais uma vez à tona uma das principais lutas do Sinpolsan: a renovação da frota de veículos utilizada pelos Policiais Civis da Baixada Santista e região. E se não bastasse a precariedade dos carros, a categoria ainda precisa lidar com a provocação do governador João Doria que, recentemente, anunciou a entrega de meia dúzia de viaturas semi-blindadas, como solução para a situação vergonhosa.
O líder tucano realmente acredita – ou prefere tapar o sol com a peneira -, que seis novas viaturas vão resolver o cenário caótico formado por fechaduras quebradas, ferrugens, furos, amortecedores comprometidos, peças danificadas e falta de estabilidade. Um absurdo, sobretudo, quando se trata do estado que mais arrecada na federação.
O acidente com o tenente Leonardo Finelli Tavares, de 25 anos, que estava a caminho de uma operação quando capotou, apenas corrobora com as ações desenvolvidas pelo Sinpolsan, cujo objetivo é garantir que os profissionais de segurança tenham a estrutura necessária para realizar o seu trabalho com qualidade e com menos riscos possíveis. Uma viatura em más condições representa insegurança ao tráfego, aos policiais e aos custodiados que são conduzidos nelas. Isso sem contar aos motoristas comuns, que também podem acabar atingidos.
“A profissão por si só já faz com que os policiais nunca saibam se terão a chance de voltar para casa. Não podemos emitir que o descaso do governo seja mais um empecilho para a vida da categoria. Essa é a segunda reportagem que alerta para as nossas reivindicações. Só não vê quem não quer. O cinismo do governador Agripino é revoltante e não traz qualquer comoção”, destacou o presidente do Sindicato, Renato Martins.
Imagem: Reprodução Site UOL
