Não basta pedir para ficar em casa, é preciso cuidar também de quem não pode sair das ruas. No entanto, mais uma vez, o governo se perde ao tentar alinhar teoria e prática. Em visita a sede do Instituto Médico Legal (IML) da Praia Grande, na manhã desta sexta-feira, o presidente do Sinpolsan, Márcio Pino, se deparou com mais um cenário do mesmo descaso.
Acompanhado do diretor do Sindicato, Renato Martins, o representante dos Policiais Civis da Baixada Santista esteve no local para verificar as condições de trabalho dos funcionários. Não é de hoje que o Sinpolsan reivindica melhorias em equipamentos e na infraestrutura.
Dessa vez, o objetivo foi constatar denúncias de que a unidade estaria recebendo presos de toda a região para a realização do exame de corpo de delito cautelar. O procedimento é feito antes de o indivíduo ser encaminhado ao sistema prisional, conforme exigência da secretaria da administração penitenciária.
“Verificamos que além dos problemas recorrentes, as dificuldades se estenderam à pandemia, já que os profissionais não estão recebendo do estado os equipamentos de proteção necessários para evitar a contaminação pelo Covid-19. Soubemos que dois, recentemente, periciados apresentavam a doença, colocando em risco policiais e funcionários que trabalham no Instituto”, destacou Pino.
Além disso, o presidente do Sindicato observou risco de contágio também entre os presos pois, quando removidos, são colocados em veículos com ventilação inadequada e sem máscaras. “Isso mostra que o poder público talvez esteja restrito em suas preocupações, deixando de lado potenciais vetores de transmissão. Resta apenas saber se o problema do governo é esquecimento ou somente uma preocupação seletiva voltada para a sua propaganda e marketing “.