O cenário é de guerra mas não parece ser, exatamente, um confronto entre o bem e o mal. Pelo menos não enquanto a gestão estiver nas mãos de quem “deixou” a comunicação, mas segue priorizando o marketing e não a solução.
No palanque de Doria, os investimentos em segurança são essenciais. Nas ruas do estado governado pelo líder tucano, os protagonistas continuam sendo os bandidos com seus armamentos especiais. Já os policiais tentam sobreviver com uma arma obsoleta comprada a décadas atrás.
Armamento
Metralhadoras, fuzis, granadas e até mesmo uma “bazuca” capaz de parar o avanço de um blindado. Esse é o arsenal de quem toma conta do tráfego, bloqueia a entrada na favela ou mata um profissional de segurança durante a sua folga.
Do outro lado, um revólver calibre 38, o chamado “três-oitão” é o armamento entregue a uma turma de Policiais Civis ao saírem da Academia, após um período de capacitação, teoricamente prontos para proteger a população. Isso até descobrirem que não terão respaldo durante uma operação ou estrutura para atender um cidadão.
“O poder bélico da criminalidade, certamente, é absurdamente maior. Mas se somos vítimas da queda de um teto de delegacia, como esperar a aquisição de equipamentos que nos coloquem em vantagem sobre a bandidagem?”, questionou o presidente do Sinpolsan, Marcio Pino.
Para o representante dos Policiais Civis de Santos e Região, a situação é reflexo de um governo com excesso de habilidade para o marketing e o mínimo de boa vontade para o que é realmente prioridade.
“Gasta-se muito dinheiro com propaganda mentindo para a população sobre a modernização e o aparelhamento das polícias. Hoje em dia pequenos assaltos ou segurança de boca de tráfego são feitas pelos criminosos usando pistolas e fuzis. Já os novos policiais são armados com 38. Retirar direitos dos servidores e não melhorar em nada o serviço público para a população tem sido a única função de Doria que parece não ter perdido a sua essência de patrão”, finalizou.
