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Dia do Servidor: obrigado pelo presente de grego, governador!

Expectativa x realidade. Nesta segunda-feira (28), dia do Servidor Público, enquanto os trabalhadores estatais esperam receber reconhecimento e valorização, o governo é o primeiro a apagar a velinha. Leva junto com a fumaça os motivos para comemorar, mas nunca a vontade de lutar.

Com mais um presente de grego nas mãos, o poder público celebra a data entregando para a categoria um novo Projeto de Lei (899/19), cujo texto reforça a retirada de direitos. Reitera ainda a vontade dos administradores de colocar nos funcionários a culpa pela sua ineficiência. 

Servidor prejudicado

Intitulado de PL do calote, o documento deverá trazer prejuízo financeiro. São mais de 600 mil empregados ativos do serviço público estadual, além dos aposentados, prejudicados. O motivo? A redução das chamadas Obrigações de Pequeno Valor (OPV’s) de R$30.119,20 para R$11.678,90.

Ou seja, os trabalhadores do serviço público que já tenham ganhado ou venham a ganhar uma ação contra o governo do estado, com valor acima desses R$11 mil, terão que entrar na longa fila dos precatórios, enquanto às OPV’s são pagas dentro de um prazo inferior a um ano. 

Se na Guerra de Tróia, a entrega de um cavalo de madeira foi suficiente para destruir toda a cidade, em São Paulo, cada gestão esconde atrás de uma nova regra ou legislação, uma medida capaz de, aos poucos, enterrar todas as conquistas e benefícios obtidos pelos servidores ao longo dos anos.

“Vivemos um momento difícil. O dia de hoje serve como reflexão para observarmos como estamos sendo tratados e as providências a serem tomadas. Não podemos permitir que os ataques continuem, precisamos reverter esse quadro, que prejudica tantas categorias”, afirmou o presidente do Sinpolsan, Marcio Pino.

No caso dos policiais civis, ao mesmo tempo em que os profissionais são vítimas das decisões arbitrárias que envolvem todos os servidores públicos, ainda são obrigados a conviver com o descaso habitual, os baixos salários, a falta de estrutura e o déficit de funcionários.

“É uma guerra sem fim e jamais iremos desistir. Hoje, não temos motivos para comemorar mas, certamente, podemos nos orgulhar do papel que exercemos e da nossa importância para o País. Vai chegar o momento em que esse cenário será lembrado apenas como um capítulo ruim da nossa história”, disse Pino.

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