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SINDICAL

Chefe ou líder?

Como disse Henry Ford, “questionar quem deve ser o patrão é como discutir quem deve ser o saxofonista num quarteto: evidentemente, quem o sabe tocar”. Para ser chefe não basta ter mais conhecimento do que seus subordinados, é preciso estar preparado para dar exemplo àqueles que estão ao seu lado. Isso significa ser líder, se colocar na posição de seus liderados para caminhar junto com eles sem impor ou gerar temor.

No entanto, essa não costuma ser a realidade. Principalmente dentro de um cenário que valoriza a superioridade em detrimento de quem acaba responsável por quase todo o trabalho.

Na Polícia Civil, além da falta de prioridade do governo, os profissionais de segurança também sofrem com a ausência de habilidade de quem deveria estar mais comprometido em evitar a prevalência de um modelo, praticamente, falido. É preciso coordenar, planejar, discutir, enfim, gerir e, acima de tudo, respeitar.

Do outro lado, é importante que os trabalhadores não aceitem ser assediados ou vítimas de um tratamento inadequado. É fundamental lembrar que a força da tirania está na obediência dos covardes.

“Liderar não tem relação com status ou prestígio, mas como você lida, motiva e alcança resultados junto a um grupo. Se não bastasse a desmotivação, reflexo da desvalorização, os policiais ainda sofrem com o autoritarismo e até mesmo a falta de comprometimento de quem não sabe liderar, apenas chefiar. Isso precisa mudar”, afirmou o presidente do Sinpolsan, Marcio Pino.

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