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Foi no Rio Grande do Sul, mas poderia ser aqui!

Há cinco dias, o prédio da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul foi tomado por chamas, deixando, inclusive, dois bombeiros desaparecidos. O acidente ocorreu há mais de mil quilômetros de São Paulo. No entanto, poderia, facilmente, ser transportado para a realidade da Polícia Civil paulista, apenas com outras causas. Em Porto Alegre, os motivos, que levaram ao incêndio ainda estão sendo apurados. Na Baixada Santista, não seria necessária investigação. Bastaria resgatar o histórico de irregularidades das delegacias da região para bater o martelo com a óbvia constatação: descaso. Assim como em território gaúcho, as unidades policiais do litoral já registraram desabamento de teto e curtos circuitos. Apenas, tiveram mais sorte diante da inércia do governo, que segue procrastinando ao invés de tomar as devidas providências.

O Palácio da Polícia, localizado no centro de Santos, contém em suas paredes, tomadas e demais estruturas “avisos” de risco iminente. Laudos de engenheiros já constataram os graves problemas existentes no local. O Sinpolsan obteve o reconhecimento da gravidade da situação e garantiu na justiça recursos para a reforma do prédio. A luta já se estende por seis anos e até agora nada foi feito. Entre as ocorrências registradas no Palácio estão falta de energia no andar da Seccional de Santos, fogo em uma das tomadas do Departamento Pessoal, e oscilação e falta de energia em várias tomadas do andar térreo e do 1º andar. O último susto aconteceu há pouco mais de dois meses, quando, após princípio de curto no térreo, foi necessária a interrupção do funcionamento do Plantão da CPJ, que foi abruptamente transferido para o 3º Distrito Policial da Cidade.

palácio da polícia
Situação atual do Palácio da Polícia de Santos

“É impossível ler a matéria sobre o incêndio no Rio Grande do Sul e não associarmos à grave situação, que vivemos aqui na Baixada e em outras cidades do estado. São como alertas de que poderemos ser os próximos a viver esse cenário de tragédia. E pior, uma tragédia anunciada, pois há anos estamos nessa batalha para fazer com que a administração estadual assuma o seu compromisso e pare de colocar os funcionários e a população em risco. É inadmissível que continuemos vítimas desse descaso e da incompetência de uma Administração que não consegue sequer elaborar um Edital de Licitação”, destacou o presidente do Sinpolsan, Renato Martins.

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