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“NON DUCOR, DUCO” – De locomotiva a vagão

A contradição é clara e, inclusive, está em destaque no próprio site do Governo Estadual. Enquanto a página da internet traz a frase ” Que o estado de São Paulo é conhecido como a locomotiva do Brasil já não é novidade há bastante tempo”, a realidade escancara todos os dias um outro cenário, que não condiz com o significado da afirmação, ou seja, o de colocar a terceira maior economia da América Latina no posto de liderança. Pelo menos não no que se refere a segurança pública. Além do sucateamento das unidades, armamentos obsoletos, legislação ultrapassada, existência de revólveres calibre 38, o investimento tímido em tecnologia põe em xeque o discurso progressista da administração tucana, que ao longo dos anos transformou SP no último vagão do trem.

Enquanto estados como o do Rio de Janeiro utilizam softwares avançados, como o cellebrite, considerado fundamental para ajudar nas recentes investigações da morte do menino Henry, de 4 anos, São Paulo não conseguiu nos quase 30 anos de gestão tucana, modernizar o sistema de coleta de impressões digitais. A polícia do Agripino ainda não consegue fazer coleta de impressão digital dactiloscópica em suas unidades policiais. O formato ainda é manual, assim como acontecia no século XIX. E não para por aí. Ao mesmo tempo em que na região fluminense já são distribuídos coletes a prova de balas de fuzil, na Baixada Santista, o Sinpolsan teve que ingressar na Justiça para garantir o básico: coletes dentro do prazo de validade para os profissionais do Deinter 6.

“Não sou conduzido, eu conduzo. Este era o lema da Polícia Civil do Estado de São Paulo antes do governo do PSDB. Depois disso, deixou de ser exemplo para qualquer unidade da federação. Muito pelo contrário, passou a ser reconhecida como sucateada, diante do déficit de cerca de 14 mil policiais, baixa remuneração, tímida informatização, ostentando o pior salário da federação sem as mínimas condições necessárias para prestar o atendimento que a população merece e o trabalhador precisa para combater a criminalidade”, destacou o presidente do Sinpolsan, Renato Martins.

O ex-gestor do Sindicato, Marcio Pino, enfatiza o descaso do poder público. “Há tempos deixamos de ser locomotiva, assim como não faz sentido o slogan Acelera SP, já que a lentidão é a principal característica quando se trata de segurança. O governo, por exemplo, prometeu viaturas blindadas e o que temos visto é a distribuição de viaturas usadas, vindas do interior pra cá”.

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