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Especialista conversa com Sinpolsan e destaca prevenção

Autoexame, mamografia após os 40, visita anual ao ginecologista e anticoncepcional com acompanhamento médico. A lista de orientações é simples e chega a ser óbvia para quem está acostumada a seguir os procedimentos à risca.

No entanto, ainda há quem agende uma consulta apenas quando está com algum sintoma. Assim como existe quem use da teoria do “quem procura, acha” para fugir da rotina, que deve fazer parte da trajetória de toda mulher.

No mês de prevenção ao câncer de mama, a campanha Outubro Rosa busca, exatamente, conscientizar e acabar com tabus, que podem atrapalhar a descoberta precoce da doença, impedir o sucesso do tratamento e favorecer a metástase.

Para tirar as principais dúvidas do público feminino, o Sinpolsan vai publicar, a partir desta sexta-feira, uma série de matérias com informações da ginecologista Lillian Wendy. A especialista vai abordar questões relacionadas ao câncer de mama e outras enfermidades como o HPV e câncer de colo de útero.

“Toda mulher precisa fazer a sua consulta anual ao ginecologista, não apenas pelo câncer de mama. Nos casos em que a paciente tem registros da doença na família, problemas de imunidade baixa ou alguma outra situação que exija cuidado especial, pedimos para que retorne a cada seis meses”, destacou a também sexóloga, que ainda vê mulheres doentes, devido a desinformação.

Autoexame

Segundo ela, o autoexame é fundamental em todas as idades. Sem dúvida, pode ajudar na identificação de nódulos no período entre o encontro de rotina e o retorno ao consultório médico. São apenas alguns minutinhos na hora do banho, que podem salvar a vida de uma mulher.

“Para quem ainda menstrua, o ideal é fazer um pouco depois do final do ciclo. A menstruação, as glândulas ficam, naturalmente, aumentadas e podem ser confundidas com nódulos”, explicou Lillian.

A especialista ainda lembra que, apesar de importante, o gesto de apalpar os próprios seios não substitui os exames clínicos. Ele pode apenas antecipar a realização da consulta ou levar o especialista a solicitar uma mamografia a uma paciente com idade inferior aos 40 anos.

“Quando tem um nódulo na apalpação, a jovem faz o ultrassom. Isso ajuda a diferenciar o cisto do nódulo e, se for necessário esclarecer o diagnóstico, é pedida a mamografia. Nesse cenário, o exame deixa de integrar a rotina, foi uma exceção”, afirmou a ginecologista, que aproveitou para esclarecer o motivo de a mamografia ser solicitada apenas a partir dos 40.

“O ângulo de incidência da radiação atinge o ovário, podendo comprometer as suas células, por isso não mandamos fazer antes em todo mundo. É uma fase em que a mulher pode estar pensando em engravidar. Além disso, a chance de ter câncer de mama antes dos 40 é menor, embora hoje em dia vemos moças mais jovens desenvolvendo a doença”.

Anticoncepcional

O uso de anticoncepcional com acompanhamento médico foi outro alerta feito por Lilian para prevenir o câncer de mama. E o papo fica ainda mais sério quando se trata da pílula do dia seguinte, cuja dosagem hormonal é elevada.

“O uso frequente pode trazer consequências negativas, colaborando para o desenvolvimento da enfermidade. A pílula do dia seguinte deve ser usada apenas em situações de emergência”, enfatizou.

A interferência genética também foi mencionada pela médica e pode estar ligada ao aparecimento de alguns tipos de câncer de mama, já que os tumores são variados. Há os mais comuns, os raros e os mais invasivos.

“Seja qual for, o fim do preconceito na realização dos exames é essencial para que haja um resultado positivo”, finalizou.

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