Um sonho que começa, muitas vezes, ainda na adolescência. Meses de estudo para exercer a função tão desejada. Nome na lista e, teoricamente, objetivo alcançado. No entanto, no que depender do governo, o próximo passo é esperar sentado. Essa é a realidade de muitos jovens que aguardam a convocação após aprovação no concurso público para Policial Civil. Enquanto a categoria sofre com o déficit de funcionários, centenas de candidatos admitidos lutam para conseguir ingressar na carreira e ajudar no combate a criminalidade.
O chamamento dos concursados para amenizar a crise vivida atualmente pelo setor de segurança do País integra as ações do Sinpolsan que, inclusive, recebeu na manhã desta terça-feira, dois remanescentes do certame realizado há dois anos. Eles fazem parte da Comissão de Remanescentes do concurso da Polícia Civil do Estado de São Paulo. Eles estiveram no sindicato em busca de apoio e durante encontro com o presidente, Marcio Pino, entregaram um ofício onde deixaram claro “Não pode haver remanescentes quando a necessidade é urgente”.
Tarcísio e Silvio, admitidos como pailoscopista e agente policial, respectivamente, mostraram estatísticas de defasagem nas delegacias e enfatizaram que dos 1857 aprovados em 2017, 757 esperam pela contratação. “Diante da exposição dos fatos, é possível constatar que a Polícia Civil corre risco de colapso. Somos 757 aprovados e estamos prontos para servir ao Estado e trabalhar pela segurança de todos”, destacaram no texto. O representante da categoria na Baixada Santista e região é totalmente solidário a situação dos companheiros e prometeu fortalecer a mobilização em relação ao assunto.
“São pessoas vocacionadas e muito interessadas em contribuir com a nossa instituição nesse momento crítico. O governo deveria, pelo menos, dar uma posição sobre a previsão de contratação e nomeação para que os aprovados possam se planejar não causando, assim, um problema para as suas vidas”, afirmou Pino.
