De um lado “um por todos e todos por um”. Do outro, segue o lema “cada macaco no seu galho”. É recorrente a discrepância no tratamento e empatia entre os comandos das Polícias Civil e Militar. Enquanto PMs têm o total apoio da sua cúpula, na Polícia Civil sofremos com a falta de respaldo. Falta equilíbrio, bom senso e, sobretudo, respeito. Uma ocorrência registrada essa semana mostrou, mais uma vez, que para ser mais forte, é preciso estar junto.
Desde o início da tarde da última quarta-feira até a noite de ontem, centenas de policiais militares de toda a Baixada Santista ocuparam as áreas entre os morros do Teteu e Santa Maria, em Santos. A ocupação foi uma resposta ao ataque sofrido por PMs, enquanto atendiam uma ocorrência de roubo na Zona Noroeste da Cidade. As motos dos profissionais de segurança foram atingidas durante o confronto, que não deixou nenhum policial ferido.
Na Civil, outra realidade
Ao mesmo tempo, policiais civis já foram vítimas de fatos muito mais graves, que resultaram em mortes e, em nenhum momento, houve uma resposta ou simples demonstração de apoio. Pelo contrário.
De imediato, é possível citar alguns casos que chamaram a atenção, como o homicídio do policial João Ferreira Junior, do 7⁰ DP, em fevereiro de 2018 e a morte de um agente após uma operação de resgate de cinco presos, na rodovia Padre Manuel da Nóbrega, em Cubatão. Isso sem contar as dezenas de policiais baleados durante o cumprimento das suas ações. Todos ignorados ou tratados como dentro da normalidade.
“Parabenizo a atitude do comandante do CPI 6/PM. Ele ao ver os seus policiais sendo injustamente agredidos, deu uma pronta resposta ao crime mostrando que mexeu com um, mexeu com o comando todo. Isso deveria ser seguido pelos comandantes da Polícia Civil”, destacou o presidente do Sinpolsan, Marcio Pino.
Durante a operação nos morros, o comandante da PM chegou a afirmar que “Polícia que trabalha direito vai ter sempre a Policia Militar inteira ao seu lado”.
