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SINDICAL

Governo investe em rastreadores para vigiar policiais. Mas ainda temos policiais?

Expectativa: “Promessas para a segurança pública saem do papel e sucateamento chega ao fim”. Realidade: “Governo de SP implanta sistema para vigiar policiais civis 24 horas”.

Enquanto a categoria aguarda, há anos, por mudanças significativas nas condições de trabalho e justa valorização, o governo segue invertendo as prioridades. O mais recente investimento do poder público diz respeito a instalação de rastreadores nas viaturas.

O objetivo principal é “ter um controle total da atividade do policial no dia a dia para dar uma resposta à sociedade”. Diante do atual cenário, talvez seja possível transmitir para a sociedade apenas uma informação: não há veículos suficientes para atender ocorrências e os poucos existentes estão em péssimo estado. Será que esses dados vão constar no relatório?

Durante as visitas as delegacias da Baixada Santista e Vale do Ribeira há cerca de duas semanas, o presidente do Sinpolsan, Marcio Pino, constatou, além do déficit de funcionários, viaturas em situação precária e, certamente, impossibilitadas de, até mesmo, receber os equipamentos propostos pela gestão tucana.

“Mais uma vez, o governo está investindo de forma equivocada. Primeiro, precisamos de viaturas novas e em maior quantidade, profissionais suficientes para guiá-las para depois, então, acompanhar a atuação dos trabalhadores”, destacou o representante dos policiais civis do litoral sul, que entende a importância dos rastreadores, mas questiona a insistência dos líderes do Palácio dos Bandeirantes em sempre fecharem os olhos diante do que é realmente necessário e precisa de mudanças urgentes.

Para Pino, a fiscalização é válida, pois também salvaguarda os policiais, protegendo-os de acusações injustas ou infundadas. Medidas como essa são sempre válidas. O erro é adotá-las como emergenciais no momento dramático vivido pela segurança do País.

Que tal, ao invés disso, desenvolver um equipamento que gere relatórios sobre a jornada excessiva executada pelos trabalhadores? E câmeras que mostrem para a sociedade a precariedade dos distritos policiais? E laudos médicos apontando o estado de saúde mental dos policiais?

“Realmente, as viaturas não podem ser usadas indevidamente e sabemos que isso não acontece. Sabemos também que esses veículos não poderiam transitar sem, no mínimo, dois policiais, pois se é preciso preservar os poucos carros existentes, temos que lembrar de preservar a vida daqueles que as conduzem. Uma pena não ser a realidade. Por que continuar virando as costas para os responsáveis pelo combate a criminalidade? Até quando vão continuar jogando as prioridades para baixo do tapete?”.

Que tal, ao invés disso, desenvolver um equipamento que gere relatórios sobre a jornada excessiva executada pelos trabalhadores? E câmeras que mostrem para a sociedade a precariedade dos distritos policiais? E laudos médicos apontando o estado de saúde mental dos policiais?

“Realmente, as viaturas não podem ser usadas indevidamente e sabemos que isso não acontece. Sabemos também que esses veículos não poderiam transitar sem, no mínimo, dois policiais, pois se é preciso preservar os poucos carros existentes, temos que lembrar de preservar a vida daqueles que as conduzem. Uma pena não ser a realidade. Por que continuar virando as costas para os responsáveis pelo combate a criminalidade? Até quando vão continuar jogando as prioridades para baixo do tapete?”.

Rastreadores

Serão adquiridos 1.500 rastreadores destinados às equipes da capital e da Grande São Paulo. Terão prioridade os carros do recém-criado Dope (Departamento de Operações Especiais). Até 2020 as cerca de 3.500 viaturas da região metropolitana deverão estar equipadas. Para o restante do estado, a meta é alcançar toda a frota da Polícia Civil (cerca de 9.400 carros) em 2022.

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