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SINDICAL

A teoria da meritocracia

Depois de impor medidas em nome da democracia, agora o governo garante que os servidores públicos são geridos pela meritocracia. Parece que mais uma página do governo de São Paulo foi impressa erroneamente. Enquanto na teoria, o termo é uma mistura da palavra latina meritum, “mérito”, com o sufixo grego cracía, “poder”, na prática ele não é destinado para quem gera resultado mas, sim, para quem tem um “padrinho” ao lado.

Em entrevista ao Programa Pânico, da Rádio Jovem Pan, o vice governador, Rodrigo Garcia, afirmou que o bônus pago aos Policiais Civis representa a intenção de João Doria em caminhar para a meritocracia junto aos funcionários estatais de São Paulo. No entanto, esse discurso busca apenas evidenciar que não há nepotismo nem fisiologismo na gestão pública.

“Meritocracia não existe. Vários policiais capacitados estão, há anos, sem reconhecimento, valorização e promoção, enquanto os amigos do rei são colocados em situação privilegiada. Muitos nunca nem colocaram os pés em um plantão de delegacia”, afirmou o presidente do Sinpolsan, Marcio Pino.

O próprio vice líder do governo tucano é um exemplo de como a meritocracia é mais uma criação no mundo fantástico de Doria. Se Garcia, que exerceu o cargo de secretário de Habitação no passado, fosse cobrado e ganhasse por trabalho realizado, não teríamos observado tantos desabamentos na Baixada Santista durante as chuvas dos últimos dias. “Esse desastre teria sido evitado por meio de um programa de habitação eficaz, tirando as pessoas da área de risco”, mencionou Pino.

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