Policiais Civis impedidos de realizar um trabalho de qualidade e população em perigo. Esse é o resultado do sucateamento da segurança pública brasileira, que gera graves impactos sociais diante da precariedade da estrutura física da instituição e da falta de profissionais para o efetivo combate da criminalidade.
Informações recentes divulgadas pelo Sinpolsan mostraram os prejuízos da existência de apenas um IML para atender a Baixada Santista e Região. Ficou claro que os munícipes estão sofrendo com o descaso do governo. E um novo episódio registrado no 5⁰ DP de Santos apenas enfatiza a necessidade de providências urgentes.
Fechado há quase dois anos, ou melhor, abandonado por um longo período, o Instituto Médico Legal de Santos, localizado na Avenida Martins Fontes, se tornou ponto de tráfico de entorpecentes, conforme Boletim de Ocorrência (nº 1462/2021 emitido no último dia 17 de Novembro), cujo conteúdo aponta as consequências da incompetência e da falta de comprometimento da administração estadual. Ao ser acionada, a Polícia Civil deteve um sujeito portando maconha e cocaína. O local de refúgio do indiciado foi exatamente o terreno onde fica o IML da Cidade. Enfim, os fatos falam por si só.
“A situação revela não só o descaso como também a incompetência de um governo que, pensando em desprezar uma instituição, uma categoria, está na verdade desrespeitando a população, diretamente impactada. Não administra, não investe, não aperfeiçoa e, com sua omissão, gera mais insegurança e desperdício de recursos públicos. A logística de recolhimento de presos e o deslocamento até o IML de Praia Grande representa percurso de mais de 80 km por ocorrência, o que resulta, sem dúvida, em consumo exagerado de combustível e precarização do atendimento. O governo conseguiu com esse comportamento inconsequente transformar um prédio público em ponto de prática de crime”, destacou o presidente do Sinpolsan, Renato Martins.
“Essa é a verdadeira face da Administração o que não surpreende, pois já se sabe da incompetência desse partido que não conseguiu sequer implementar e administrar um aplicativo em suas prévias partidárias, não poderia estar preparado para governar um estado da grandeza de São Paulo”, concluiu.
