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SINDICAL

Onde essa falta de respeito vai parar?

Mais de 500 mil mortes, 14,4 milhões de desempregados, salário dos servidores congelado e aumento da desigualdade social, com os mais pobres perdendo 30% da sua renda. Foi em meio a este cenário, originado pela pandemia do coronavírus, que o governador João Doria anunciou, na última sexta-feira, reajuste de 8% nos pedágios do estado de São Paulo. As manchetes falam por si só, mas é impossível não questionar: onde essa falta de respeito vai parar?

Manchete do anúncio no Jornal Folha de São Paulo

A Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio mostrou que, na média, os 10% mais ricos perderam 3% da renda. Porém, mesmo diante desses números, a administração insiste em beneficiar os mais abonados, que pouco sofreram com a crise sanitária, e transferir a conta para o trabalhador. O líder tucano segue mantendo prioridades aleatórias e tomando decisões baseadas em interesses privados ao invés de medidas, que atendam as necessidades da população.

“Sua preocupação restringe -se às concessionárias de pedágio que, assim como os bancos, não tiveram maiores impactos durante a pandemia. No Sistema Anchieta-Imigrantes, o aumento é um abuso, pois a empresa já se remunerou pela construção da duplicação da Imigrantes e seu custo hoje é apenas operacional. O governo do Agripino mostra, mais uma vez, a sua face cruel e elitista, em defesa do capital”, afirmou o presidente do Sinpolsan, Renato Martins, repudiando a autorização para aumento do pedágio.

O presidente da Feipol Sudeste, Marcio Pino, que durante toda a sua gestão lutou contra a a falta de comprometimento de Doria, também enfatiza a insensibilidade do governador nesse momento tão delicado vivido pelos brasileiros. “Apesar de absurdo, não surpreende, afinal nunca houve preocupação com a classe trabalhadora ou menos favorecidos. Somos apenas massa de manobra, objetos para angariar votos. Na hora dos benefícios jamais somos lembrados”.

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