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“Injustiça é tratar os desiguais de forma igual”

Na versão oficial do dicionário, direitos especiais além dos comuns a todos. Na visão do governo, tratamento diferenciado, regalia desnecessária, uma possível ameaça a Reforma da Previdência. A palavra “privilégio” nunca ganhou tanto destaque como nos últimos quatro meses, após apresentação da proposta de mudança nas regras da aposentadoria.

Desde então, os profissionais de segurança lutam para evitar que o texto seja aprovado colocando-os no mesmo pacote do trabalhador comum, que não vive sob a mira de um revólver, cuja carga horária não excede as oito horas diárias e a responsabilidade costuma não ir além da entrega de um projeto no prazo. Ser policial é precisar sempre manter toda população a salvo.

Para civis, guardas municipais, federais e rodoviários, ser destaque na nova lei significa ter a família amparada quando o “chefe da casa” for vítima de uma emboscada. É poder guardar a farda sem data marcada. É ser valorizado, depois de tantos anos ao Brasil dedicados. No entanto, no País da contradições, esse não é o pensamento de quem enxergou a segurança como prioridade apenas quando viu vantagem, em cima do palanque ou em frente às câmeras de televisão.

Em uma semana marcada por reuniões da comissão para decidir os rumos da votação, frases como “O relator apontou que está aberto ao diálogo com as categorias de segurança pública, que querem alterações no texto. No entanto, ressaltou que o momento da reforma não é para dar benefícios”.

Já o ministro da economia, Paulo Guedes, entrou no corpo a corpo para evitar que sejam aprovados na votação destaques que ampliam as regras de aposentadoria diferenciadas dos militares e de policiais militares para outros profissionais da segurança pública.

“Nem os mais pessimistas imaginariam que no momento em que a segurança pública foi um dos carros chefe para eleger os nossos representantes e temos um maior número de policiais no Congresso, sofreríamos a maior derrota, haja vista a forma que está sendo tratada a nossa categoria. É injusto e desproporcional, sendo os militares os únicos tratados devidamente como de fato merecem”,

disse o presidente do Sinpolsan, Marcio Pino.

O representante dos policiais civis da Baixada Santista tem atuado ativamente para impedir que a proposta seja aprovada nos moldes atuais. “Injustiça é tratar os desiguais de forma igual”, ressaltou.

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