Acostumados sim, conformados, jamais. O descaso do governo com os Policiais Civis já faz parte da história da categoria e não causa mais surpresas às lideranças sindicais que, há décadas, lutam por melhores condições de trabalho aos profissionais de segurança. No entanto, não existe indignação capaz de paralisar o Sinpolsan e a Feipol Sudeste. Pelo contrário. A falta de compromisso do poder público apenas fortalece o desejo de mudança.
E, diante da desvalorização, da baixa remuneração, ausência de um planejamento e do não cumprimento da data base da categoria, os presidentes do Sindicato, Renato Martins, e da Federação, Marcio Pino, agiram, mais uma vez, para minimizar os prejuízos sofridos por aqueles que defendem o Estado de São Paulo, porém não são dignamente recompensados. Nesta quarta-feira, ambos estiveram no Palácio dos Bandeirantes, no Gabinete do investigador de Polícia, o Deputado Estadual Reis (PT), para protocolar um ofício com o objetivo de solicitar urgência na celebração do convênio junto ao Programa Nacional de Segurança Pública (Pronasci).
O acordo permite a adesão dos integrantes das carreiras policiais ao Programa Bolsa-Formação, com cursos à distância, mediante concessão de bolsa no valor de R$900. “Esse convênio é importante pois permitirá que o policial decida pelo incremento de seu salário, mediante credenciamento a um dos treinamentos. A nossa busca constante é pelo aperfeiçoamento, estímulo ao conhecimento, valorização e remuneração aos policiais, que apenas têm sido vítimas de abandono”, destacou Martins.
Para quem não sabe, o Pronasci destina-se à prevenção, controle e repressão da criminalidade, atuando em suas raízes socioculturais, além de articular ações de segurança pública com políticas sociais por meio da integração entre União, estados e municípios.
