Equoterapia impulsiona interação social do autista
Eles ajudam a tratar depressão, problemas no coração e até mesmo câncer. Muito se fala sobre a importância dos animais no processo terapêutico de doenças do corpo e da mente. No entanto, poucos ainda conhecem realmente esse trabalho, que envolve animais específicos para cada doença ou distúrbio. No caso do autismo, o cavalo, há algum tempo, tem se mostrado fundamental para minimizar os sintomas do transtorno.
Estudos feitos pelas universidades de São Paulo (USP) e Campinas (Unicamp) apontam a equoterapia como um agente terapêutico transformador, com benefícios ligados a aquisição da fala e sobre a percepção e o reconhecimento do próprio corpo pela criança.
No caso do Transtorno do Espectro Autista (TEA), a dificuldade em se comunicar está entre as principais manifestações da doença, que chega a ser chamada de síndrome comportamental. Isso explica, a importância da equoterapia, já que ela é indicada na socialização e integração emocional e educacional dos portadores.
De acordo com a psicóloga da Associação Equoterapia de Santos, Larissa Gonzalez Garcia, a equoterapia engloba fatores biopsicossiais, que são trabalhados com o auxílio do cavalo como ferramenta terapêutica. A instituição onde ela atua fica na Avenida Francisco Manoel s/n, no bairro Jabaquara em Santos.
“Os benefícios que o cavalo proporciona vão desde o movimento tridimensional até a questão da criação de vínculo, tanto praticante-cavalo quanto praticante-equipe. As técnicas voltadas para o portador do TEA tem como foco criação de rotina, contato visual, dessensibilização, atenção, habilidades motoras, autonomia, entre outros, podendo variar conforme o objetivo traçado pelo profissional junto do praticante e da família”, explicou a especialista.
Para aqueles que ainda observam a equoterapia como algo inacessível, vale lembrar que a associação santista é sem fins lucrativos, assim como outras espalhadas pelo país. A intenção é, exatamente, ajudar a garantir mais qualidade de vida para esse público.