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SINDICAL

Eficiência da Polícia depende de modernização

Nos consultórios psicanalíticos, a pandemia se tornou o centro das reflexões e da busca por respostas para uma vida, até então, “perfeita”. Do lado de fora, as mortes e contaminações pelo Covid-19 escancararam problemas sociais, de gestão e, sobretudo, de falta de prioridade pelo poder público.

Não demorou muito para o Brasil mostrar a sua cara, as suas deficiências e a luta pelo poder em cima dos palanques. E quando a verdade vem à tona, a segurança costuma ser a primeira a mostrar aquilo que os governantes insistem que se esconda.

Problemas

Falta valorização e, principalmente, modernização. Na Polícia Civil, os baixos salários, o déficit de funcionários e a falta de estrutura se tornaram quase clichês com ou sem a presença de uma doença mundial. Não há investigação e a elaboração de um BO pode demorar duas horas. Com a pandemia, o sucateamento apenas ganhou novos itens em sua lista. Considerados essenciais, os policiais precisaram buscar na Justiça o direito à proteção, já que mais uma vez foram vítimas dos frequentes “nãos”.

Se partirmos para as polícias federais e militares, dificuldades comuns apontam o real entrave: “O problema crucial é o modelo ultrapassado da estrutura funcional das corporações e a gestão precária da ação policial, seguindo a atual estrutura montada na época colonial brasileira, gerada nos fatos históricos”, afirmou o advogado criminalista Roberto Darós, em artigo publicado recentemente.

Ao fazer uma análise da segurança pública atual, ele afirma que se tem observado o mesmo padrão de  patrulhamento ostensivo deficiente. Além disso, ressalta que não tem o esperado efeito preventivo contra os atos delituosos. “Se soma a isso o insignificante índice de resolutividade dos crimes investigados em inócuos e ultrapassados inquéritos policiais, ficando abaixo de 8% a constatação de autoria e materialidade. Isto significa apenas 5% de denúncias apresentadas pelo Ministério Público”.

O presidente do Sinpolsan, Marcio Pino, também observa a modernização como ponto crucial para a mudança. Não é à toa que a entidade tem se mostrado engajada nas discussões e reuniões voltadas a Lei Orgânica da categoria, cuja premissa é o fortalecimento e a modernização para garantir eficiência. “Estamos constantemente mobilizados pela valorização e reconhecimento da competência dos profissionais”.

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