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Dia de refletir, não de comemorar

Em 1857 elas morreram carbonizadas em uma fábrica têxtil, em 1968 “queimaram sutiãs” em praça pública e, hoje, em pleno século XXI, são assassinadas pelo simples fato de serem do sexo feminino. Em mais este dia 8, quando se “comemora” o Dia da Mulher, na verdade, não há muito o que celebrar.

Elas ainda são demitidas quando voltam da licença maternidade, são culpadas por serem vítimas de assédio e violência doméstica. Ainda têm a obrigação de cuidar dos filhos enquanto os pais são apenas ajudantes e ganham salários mais baixos, mesmo que exerçam a mesma função.

Mais do que tudo isso, elas são vítimas de feminicídio. A cada sete horas, uma mulher é morta. Em 2019, foram 1.314, número 7,3% maior do no que em 2018.

A realidade mostra que elas não precisam de flores em uma data no ano mas, sim, de respeito 365 dias. São anos de lutas e mobilizações, que já garantiram conquistas significativas.

Porém, enquanto não houver empatia, seguiremos inseridos em um cenário de hipocrisia, no qual elas são capazes de exercer funções antes masculinas mas, para isso, precisam lidar diariamente com “piadinhas”.

“Vamos usar esse dia para refletir. Importante a conscientização do nosso papel para evitar que as mulheres continuem a mercê de uma história que as colocou em uma situação, muitas vezes, de submissão. A nossa categoria é um exemplo de como a mulher pode ser forte. Temos muitas companheiras na Polícia Civil e em nada elas deixam a desejar aos homem que atuam ao seu lado”, destacou o presidente Marcio Pino.

“Não temos muito o que comemorar mas, mesmo assim, quero parabenizar aquelas que exercem dupla ou tripla jornada de trabalho. Elas nunca perdem o charme e sempre trabalham com muita sabedoria”, finalizou Pino.

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