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DDM – Delegacia de Descaso com a Mulher – Muita promessa, pouca ação!

Há apenas um ano do final da sua gestão, o governo tucano segue em débito com promessas feitas em 2019 e ainda não cumpridas. Conforme divulgado pelo Jornal A Tribuna, em uma época que ainda nem existia pandemia, a previsão era de que a Delegacia da Mulher de Santos (DDM), localizada no bairro do Gonzaga, tivesse um aumento de efetivo para reforçar o atendimento ao público feminino. Hoje, em 2021, a caminho do fim da crise sanitária, a Unidade Policial não conta nem mesmo com delegada de plantão 24 horas. Passados dois anos, o que existe é sobrecarga e precarização de trabalho. E pior, diante da ausência de estrutura e investimento, a Unidade vem funcionando com servidores remanejados dos outros quatro DPs existentes na Cidade.

O cenário fica ainda pior se lembrarmos que as DDMs deveriam cumprir com um Protocolo de Atendimento, com funcionários capacitados a realizar o acolhimento adequado às vítimas recebidas nestas delegacias, o que nunca aconteceu. Uma matéria publicada no site do governo do Estado em 2018 chegou a apontar que, ao chegarem em uma DDM, as mulheres têm à sua disposição uma equipe multidisciplinar composta por policiais, psicólogos e assistentes sociais com treinamento especializado no ramo, mas isso não é verdade. Além de não existir um quadro especializado, não há acolhimento digno da vítima, que enfrenta dificuldade para realizar um simples exame de corpo de delito. Só existe IML em Praia Grande!

Não bastasse a política da mentira, existe a política da crueldade. A sobrecarga de trabalho, fez vítima de AVC uma Escrivã de Policia da DDM de Santos. Uma servidora ficou incapacitada e a Administração não satisfeita em dar causa a essa grave situação, resolveu arriscar a saúde dos escrivães de outras quatro unidades, já sobrecarregados. Agora deverão acumular o trabalho de sua unidade com plantões na DDM de Santos, até que venham também a adoecer. Uma decisão equivocada, que merece resistência, fruto da incompetência aliada à insensibilidade e ao cinismo daqueles que recusam em adotar medidas efetivas capazes de reverter a grave crise decorrente da falta de investimentos na Policia civil.

A verdade é que a segurança, há anos, deixou de ser prioridade do poder público. Independentemente do sexo ou da região, a sociedade está à mercê dos interesses de um governo, que caminha para o seu último ano de mandato sem nenhuma preocupação se a Violência contra mulher cresceu 64% em SP em 3 anos e, por isso, elas precisam de um atendimento adequado. Não há desejo em valorizar aqueles que estiveram na linha de frente, mesmo diante do risco iminente de contrair a Covid-19. Não existem ações, que levem esperança para quem busca apenas a manutenção dos seus direitos.

“Certamente, se revirarmos todos os jornais dos últimos anos, encontraremos inúmeras promessas não cumpridas. Lembro que o anúncio do reforço na DDM, assim como a ampliação do atendimento para 24 horas, causou grande repercussão e voltaram os holofotes para o governador Agripino. Mas, foi apenas mais uma das falsas promessas. Agora estamos testemunhando adoecimento de colegas aliada a crueldade e incompetência de administradores, o que é inadmissível. Se a unidade não tem quadro efetivo, o Estado deve fechá-la. Nenhum estabelecimento deve funcionar sem efetivo ou segurança, com Delegacia não pode ser diferente. E as vidas dos servidores não podem ser sacrificadas, por falta de política séria e de investimentos. O Governo de São Paulo segue com descaso e desrespeito com a população e com os servidores”, destacou o presidente do Sinpolsan, Renato Martins.

Matéria do Jornal A Tribuna
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