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SINDICAL

Covid-19: Sinpolsan entra com recurso para proteger policiais

Mais uma vez o universo policial é vítima de análises equivocadas e decisões arbitrárias. E não apenas por parte do governo. No quarto dia de quarentena imposta pela administração estadual, os profissionais de segurança seguem implorando pelo básico para evitar o coronavírus: equipamentos de proteção.

Um novo capítulo da novela traz o indeferimento da justiça ao pedido do Sinpolsan pelo fornecimento dos materiais às delegacias. Contrário aos argumentos da juíza, o Sindicato entrou com recurso para blindar a saúde do trabalhador e, consequentemente, da sociedade.

Jurídico

De acordo com o advogado da entidade, Guilherme Jacob, os argumentos apresentados não justificam a suspensão da liminar. A falta de máscaras e álcool em gel em supermercados e farmácias, e a inutilidade das máscaras para pessoas não contaminadas foram as desculpas utilizadas pelo TJ para barrar a ação do Sinpolsan.

“A juíza se antecipou indevidamente ao Estado dizendo que não teriam condições materiais de fornecer álcool e máscaras, pois os mesmos desapareceram das prateleiras. Vale lembrar que o estado tem outro nível de poder para ter acesso a esse tipo de insumo, não fica preso ao varejo. Além disso, a juíza fundamentou a sua decisão em reportagens de fevereiro publicadas na internet, ou seja, dados não oficiais e de um momento específico”, explicou Jacob.

O especialista, que atua à frente das questões jurídicas do Sindicato, contrapôs ainda o ponto de vista do magistrado sobre as máscaras faciais não serem recomendadas para pessoas aparentemente saudáveis.

“Se profissionais de saúde usam, então é eficaz. E eles utilizam porque justamente e inevitavelmente poderão ter contato com pessoas contaminadas. O mesmo ocorre com os policiais, que estão lidando com todo tipo de público. E a proteção, nesse caso, não é apenas dos trabalhadores, mas da população, pois combate a disseminação da doença também pelos policiais”, disse.

Para o presidente do Sinpolsan, Marcio Pino, é inacreditável que seja necessária tanta luta para contribuir com um cenário alarmante exposto diariamente na mídia. “Não é possível que tenhamos que pedir o óbvio. Estamos nas ruas e precisamos nos prevenir, assim como proteger o próximo”.

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