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“Chega de massacrar o funcionalismo público”

Qual é o mundo que queremos? Muitos acreditam em uma resposta diferente pós-pandemia. E realmente, o cenário poderá ser outro. No entanto, não significa que será melhor. Reunião realizada nesta quarta-feira, em Brasília, trouxe à tona novamente o veto ao reajuste salarial dos servidores até dezembro de 2021. O ministro Paulo Guedes entende que o funcionalismo precisa dar essa contribuição, recebendo total apoio do presidente Jair Bolsonaro.

Para a cúpula do poder, essa estratégia é fundamental para salvar a economia do País. Mas e os trabalhadores estatais, será que eles também não são essenciais para o crescimento do Brasil? A principal tríade de uma nação desenvolvida envolve saúde, educação e segurança de qualidades. Ironicamente, são, justamente, os profissionais dessas áreas que seguem na ativa em meio a disseminação do coronavírus. Uma parte colocando a vida em risco. Outra, aprendendo novas formas de ensinar.

Enquanto isso, acumuladores de riqueza continuam tirando vantagem até mesmo em um momento de crise, caos e mortes. “Entendemos a dificuldade do governo, mas chega de sacrificar o trabalhador, não importa o setor. Tá na hora dos investidores, bancos, credores colaborarem. Que tal suspender pagamento da dívida para que o dinheiro seja revertido para os estados, setores produtivos, saúde?”, questionou o presidente do Sinpolsan, Marcio Pino, fazendo uma provocação. “Se acham que não temos função, porque não nos extinguem? Vamos ver se é possível viver sem”.

Alguns dos argumentos utilizados por Guedes para o congelamento por um ano e meio foram os benefícios de estabilidade e salários maiores que o da iniciativa privada, já obtidos pela categoria. Porém, há controvérsias. “Um mês de salário do Paulo Guedes equivale a toda uma carreira policial”, destacou Pino, lembrando que o economista teve a maior parte da sua trajetória profissional ligada ao setor privado.

O economista é conhecido por ser um dos fundadores da Br Investimentos. Além disso, já foi integrante do conselho de companhias como PDG Realty, Localiza e Anima Educação.

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