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Tratamento do câncer de mama exige análise detalhada

A descoberta de um câncer, independentemente da sua localização, pode ser devastadora tanto para o portador da doença, como para as pessoas próximas, sejam amigos ou familiares. É preciso passar pelo processo de aceitação para que, então, seja iniciado o tratamento.

Nesta sexta-feira, a ginecologista Lillian Wendy vai abordar os passos seguintes após o diagnóstico do câncer de mama. Cirurgia, quimioterapia, mastectomia, prótese, muitas são as providências a serem tomadas. No entanto, poucos sabem ou estão prontos para o que está por vir. Então, fique atento e acompanhe as informações da especialista, nesta segunda matéria preparada pelo Sinpolsan para tirar dúvidas e contribuir com a campanha Outubro Rosa.

“Após realizado o diagnóstico, é necessário o estagiamento, que se divide em quatro estágios. O estágio 1 inclui tumores menores que 2 cm e sem comprometimento de linfonodos. Já o 4 indica que o câncer foi disseminado com metástase a distância. O tratamento vai depender da fase em que se encontra a doença”, explicou a especialista.

“Normalmente, pode ser necessário somente a cirurgia e quimioterapia, porém existe uma gama muito grande de ações e tratamentos, pois o câncer de mama tem muitas características relacionadas a sua parte genética e aos receptores hormonais. Então, o tratamento vai ser escolhido, conforme estas peculiaridades”, completou.

Fases iniciais

Segundo Wendy, nas fases iniciais a chance de cura é muito maior. Além disso, as intervenções são menos invasivas. No caso de pacientes em estágios mais avançados, costuma ser necessária a combinação de vários tipos de tratamento.

A avaliação dos tipos de célula e do tumor, idade, perfil hormonal (antes ou depois da menopausa) e a genética são fundamentais para que sejam definidos os procedimentos a serem adotados, garantiu Lillian, lembrando que quanto mais precocemente descoberta a enfermidade e realizado o tratamento, menor a chance de recidiva.

“Atualmente, existe a tendência de utilizarmos tratamentos menos agressivos e realizarmos mastectomia total radical apenas para tumores maiores que 5 cm. É importante ressaltar que, além dos métodos cirúrgicos e tratamentos adjuvantes (quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e imunoterapia) também é necessário o apoio de equipe multidisciplinar com nutricionista, psicólogo e auxílio à família”, explicou a ginecologista.

A médica ainda se mostra satisfeita com o avanço no tratamento da doença nos últimos anos, apesar de a sua eficácia ainda depender do diagnóstico precoce, reiterando a necessidade dos exames preventivos anuais.

A possibilidade de reconstrução mamária também é vista como um progresso, sendo, inclusive, disponível à pacientes do SUS. Porém, a sua execução dependerá da avaliação médica. De acordo com a especialista, é essencial ter certeza de que não existem mais células comprometidas.

“O tempo de sobrevida das pacientes com diagnóstico de câncer de mama também está relacionado ao estágio em que é feito o diagnóstico. Por isso, volto a dizer que quanto maior a precocidade, maior chance de sobrevida, até mesmo a cura”, finaliza Lilian Wendy.

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