A assinatura, nesta quinta-feira, do contrato para reforma, adequação e ampliação do Palácio da Polícia, localizado no centro de Santos, tem um significado: o sucesso da luta do Sinpolsan que, há cerca de seis anos, tem se mobilizado contra as irregularidades constatadas no prédio.
O Sindicato esteve à frente de paralisações, tentativas de diálogo com o governo e, sobretudo, ações judiciais para evitar riscos aos Policiais Civis e à população. A falta de estrutura do local já levou à interdição do edifício, diante do descaso do poder público, cuja falta de comprometimento ficou evidenciada pelos argumentos sempre infundados e pela demora em tomar providências.
No entanto, parece que todo o trabalho realizado pelo Sinpolsan não foi em vão. Está marcado para esta quinta-feira, às 10h30, na sede do Deinter 6, na Avenida São Francisco, 136, um novo capítulo para essa longa história. Estarão presentes o delegado Manoel Gatto Neto e os representantes das empresas em consórcio, que serão responsáveis pelo serviço previsto.
Já os presidentes do Sinpolsan e da Feipol Sudeste, Renato Martins e Marcio Pino, respectivamente, vão acompanhar a oficialização da tão esperada obra à distância. Isso porque, apesar de liderarem o pleito e todo o processo de busca pelo fim da precarização do Palácio, sempre apoiados pela grande imprensa, os representantes da categoria não foram convidados para fazer parte do início dessa nova etapa.
“Demorou, mas iremos acompanhar para que isso não fique apenas no papel. Não há dúvidas de que é o resultado de uma importante e histórica luta do Sindicato”, destacou Martins. “Não foi fácil, mas sabíamos que não deveríamos desistir até alcançar o nosso objetivo”, completou Pino.
A luta em prol da categoria segue exatamente como no caso dos coletes balísticos, fornecimento de materiais de proteção, salubridade e segurança das unidades, viaturas decentes e também quanto ao IML em nossa região.
“Vale lembrar que houve em todos os pleitos a negativa da Administração mesmo diante da realidade. Segue a luta, por conta da falta de efetivo, melhores condições de trabalho, salário digno, viaturas decentes e estrutura de trabalho que ainda representam uma vergonha para a instituição que ainda teima em negar a situação”, finalizou Martins.