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Policiais são proibidos de associar coronavírus a sua atividade

Eles não podem parar de trabalhar. Foram os últimos da lista a terem a chance de se prevenir e se adoecerem ainda serão obrigados a mentir. O mesmo governo, que determinou o fechamento do comércio de São Paulo por 15 dias para resguardar a população, segue tratando com descaso os protetores de uma nação.

Um comunicado foi emitido pela Secretaria de Segurança Pública com orientações referentes aos encaminhamentos de policiais militares infectados pelo novo coronavírus. Nele ficou determinado que, caso algum policial ou bombeiro seja contaminado, os médicos não devem relatar que foi em decorrência do serviço.

Um dos itens do documento deixa claro que “não caberá a análise e ainda mais a determinação de nexo causal entre o Serviço Policial Militar e o contágio pelo coronavírus”. Mas, em meio a uma pandemia com milhares de casos confirmados e um número considerável de mortos, uma pergunta não quer calar. Profissionais constantemente expostos ao público não teriam ficado doente em razão da sua atividade laboral?

“É a velha dificuldade do governo de entender que não podemos nos enquadrar nos parâmetros das outras categorias. A Reforma da Previdência deixou isso evidente. Mostrou a dificuldade do poder público em diferenciar os policiais dos demais trabalhadores. Agora, novamente, nos trata dessa forma. Somos tratados como se estivéssemos passíveis de home office e não estivéssemos nos arriscando, mesmo que sejamos essenciais”, afirmou o presidente do Sinpolsan, Marcio Pino.

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