Não resta dúvidas: a Polícia Civil da Baixada Santista e Vale do Ribeira continua sofrendo com o sucateamento e o descaso do governo. Desde semana passada, o presidente do Sinpolsan, Marcio Pino, tem visitado as delegacias da região para confirmar, in loco, a situação precária enfrentada pela categoria que, há anos, busca melhores condições de trabalho, sem sucesso.
Na última quinta-feira, foi a vez de Cajati receber os representantes do Sindicato. Falta de funcionários, carga horária excessiva, estrutura defasada, enfim, mais do mesmo. E ainda há quem fale o contrário. No entanto, a realidade é mais dura do que a maioria conhece. A coleta de informações no município vai integrar os relatórios em elaboração pelo representante dos profissionais de segurança do litoral sul.
O atraso no pagamento da Dejec (Diária Especial por Jornada Extraordinária) para os policiais que atuaram na Operação Verão entre janeiro e março deste ano também integra as reclamações dos trabalhadores de Cajati. Mais uma vez, o Sinpolsan colocou o departamento jurídico da entidade à disposição para que seja feita cobrança judicial.
“Além dos salários desatualizados, os companheiros ainda são obrigados a colocar a vida em risco, trabalhar durante a folga e não ser remunerado por isso. Por trás dos números positivos sempre divulgados após a alta temporada de verão, estão policiais exaustos, estressados e até mesmo doentes pois são vítimas de uma situação abusiva e sem a recompensa merecida”, afirmou Pino, pronto para intensificar a pressão junto ao poder público. “Estamos cada vez mais fortalecidos, pois os fatos mostram que estamos certos”.
