SP tem 4 mil policiais afastados pelo covid
No início da pandemia, quando eram “apenas” 700 policiais afastados por contaminação pelo Covid-19, o governo não via motivos para oferecer máscaras e álcool gel para os profssionais de segurança. Cerca de três meses depois, o cenário mudou. Mas, para pior.
Já chega a 4 mil o número de infectados. E o poder público? Continua achando que não há justificativas para o fornecimento de equipamentos de segurança e retirada dos grupos de risco da ativa. A única diferença é que ganharam o aval da justiça para manter as suas decisões.
Na verdade, nas últimas semanas, o “apoio” não veio apenas do judiciário mas, também, do Distrito Federal. Nesse meio tempo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reforçou o coro daqueles que desvalorizam os servidores. Além de ficarem expostos e arriscarem as suas vidas, ainda ficarão sem reajuste salarial por dois anos. Afinal, não se entrega medalha antes do fim da guerra, né ministro?!
SSP
O índice de policiais civis, militares e técnico científicos fora de combate, devido ao novo coronavírus, foi divulgado recentemente. No texto, a informação é de que a Secretaria de Segurança Pública já investiu em torno de R$ 8 milhões em equipamentos de proteção para esse grupo. Pena que os fatos contrapõem tais argumentos.
E essa não é a única inconsistência. De acordo com a publicação, as atividades das três corporações não se reduziram. Delegacias, batalhões e atividades de investigação continuam com funcionamento normal. Será? Vamos pensar…
Se no caso da Polícia Civil, o principal problema da categoria, normalmente, já envolve a falta de efetivo, que prejudica a solução de crimes, como pode estar tudo normal se junto a esse déficit existe, agora, a ausência de agentes pelo covid? Parece que a conta não fecha.
“Era óbvio que o número de policiais afastados ia aumentar, afinal nada foi feito para minimizar os riscos daqueles que são considerados essenciais e não podem ficar em casa. Estamos, desde o início, na luta pela preservação da categoria e em troca ganhamos apenas um novo título, o de também saqueadores dos cofres públicos. Onde vamos parar até o fim de tudo isso?”, questionou o presidente do Sinpolsan, Marcio Pino.