Sinpolsan valoriza conscientização para prevenir doenças
A campanha é voltada para a prevenção do câncer de mama, mas a concientização precisa ir muito além. No Outubro Rosa, mês de abordagem da saúde da mulher, a ginecologista Lillian Wendy escolheu dois temas, que estão interligados, para encerrar os debates e esclarecer dúvidas do público feminino.
Nesta sexta-feira, será a vez de falar sobre HPV e câncer de colo de útero. Especialista nos assuntos, a médica pretende, mais uma vez, acabar com tabus, mostrando às mulheres como evitar o aparecimento das doenças.
O objetivo é reduzir o número de casos e impedir que muitas continuem adoecendo por falta de informação ou, até mesmo, preconceito.
HPV
Pouco conhecido mas, atualmente, muito comentado, o HPV é um vírus composto por 200 subtipos, que podem ou não estar relacionadosao aparecimento de câncer.
“Hoje em dia sabemos que a doença está ligada ao câncer de colo, mas se for diagnosticada a tempo, pode ser tratada e eliminada, não evoluindo para o aparecimento de um tumor malígno”, destacou Lilian.
Segundo ela, a transmissão do HPV acontece, principalmente, pela relação sexual. Porém, não é a única forma de contágio. O compartilhamento de objetos pessoais, como sabonete, calcinha e biquíni também pode causar a propagação da enfermidade.
“Desde que o contato tenha acontecido num período de até duas horas, pois o vírus morre longe de nosso organismo”, explicou. Além disso, outros fatores favorecem o aparecimento da infecção viral, mencionou Lilian.
“Qualquer questão que comprometa a nossa açãoimunológica e dimunua a nossa defesa como stress, alimentação inadequada e doenças crônicas nos tornam mais suscetíveis”, complementou.
Em relação aos sintomas,a ginecologista destaca que eles são variáveis, já que o HPV se apresenta de formas diferentes. Ele pode, por exemplo, se manifestar na partes externa (vulva) em forma de verruga.
Colo de útero
Há ainda a chance de atingir o colo do útero ou a vagina (parte interna). Nesse caso, não costuma aparecer indícios da doença. A descoberta irá acontecer por meio de exames de prevenção, como o papanicolau, a colposcopia com biópsia, por pesquisa do DNA viral, captura híbrida ou genotipagem.
“Estatisticamente, apenas 2% das mulheres que apresentam manifestação de HPV evoluirão para câncer de colo, porém 2% numa grande população de mulheres que não fazem prevenção e exames de rotina significa um grande número de mulheres em risco. Vale enfatizar que todos os HPVs e mesmo os potencialmente cancerígenos são tratáveis desde que diagnosticado precocemente”.
Prevenção e tratamento
Diante da afirmação da especialista, fica clara a importância de visitar regularmente o ginecologista. No entanto, a cura ou a prevenção não param por aí.
As demais recomendações estão relacionadas ao sexo seguro, ou seja, uso de preservativo – cuja precaução é relativa, pois não impede o contato com a pele da parte externa -, atenção ao número de parceiros e cuidado ao partilhar o uso de objetos íntimos e pessoais.
O destaque fica para a vacina, que protege contra os quatro principais subtipos responsáveis por 70% dos casos de HPV.
“Qualquer pessoa pode tomar a vacina, porém a indicação para adolescentes e jovens se deve ao fato de quê os adultos, muito provavelmente, já foram expostos ao vírus por meio da relação sexual, enquanto aqueles que ainda não iniciaram a vida sexual terão proteção melhor com a vacina”, ressaltou Lillian.
“Ele vai ser variável dependendo do tipo de localização, tipo de lesão e a quantidade e grau de lesão. Pode ser desde o uso de cremes, de uma cauterização ou até cirurgia”, finalizou.