Sem segurança, não há turismo
Não basta ter belas praias, hoteis cinco estrelas, gastronomia requintada ou um privilegiado clima de montanha. É preciso oferecer, sobretudo, segurança. Pesquisas mostram que cidades com altos níveis de furtos, roubos e latrocínios tendem a afastar turistas. Afinal, estes procuram exatamente o contrário, ou seja, paz, diversão e tranquilidade.
Na semana de comemoração ao Dia do Turismo, celebrado neste domingo, dia 27, o Sinpolsan faz um alerta, ou melhor, um esclarecimento, ao poder público: sucateamento e investimento não são sinônimos. Para atrair visitantes, é fundamental incremento em infraestrutura. Para manter o viajante, é essencial valorizar aqueles que mantêm a integridade física dos cidadãos.
Dados do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTCC) apontam que o setor de turismo corresponde à 8,1% do PIB nacional. Em contrapartida, apenas no Estado de São Paulo, o déficit de Policiais Civis chega a quase 10 mil agentes. Diante do cenário, a pergunta é simples, qual turista vai querer arriscar sua vida e de seus familiares em localidades violentas e com uma polícia impedida de realizar um trabalho de qualidade?
“Turismo e segurança precisam ser aliados e não inimigos. Ambos devem ser prioridades, já que estão intimamente ligados ao desenvolvimento da economia brasileira. Porém, o governo prefere manter o seu descaso, fingindo esquecer que a segurança é a base, não de uma campanha eleitoral, mas, sim, do fortalecimento de toda uma nação”, afirmou o presidente do Sinpolsan, Marcio Pino.