Policiais Civis na mira do crime
Há quem diga que as manchetes não mentem. No entanto, há controvérsias. Ao mesmo tempo em que a cada dia notícias como “Marcola determinou morte de delegado geral e de dois investigadores” mostra a vida dos policiais civis, diariamente, por um fio, o governo insiste em declarar na imprensa que “Aposentadoria especial para policiais civis é privilégio”. É a verdade escancarada sendo “encoberta” pelo pretexto de quem não sabe o que significa viver tentando não morrer vítima de criminosos que buscam intimidar aqueles que combatem com êxito facções criminosas.
A reportagem publicada no início deste mês expõe a realidade dos Policiais Civis que, para conseguirem se aposentar na idade proposta pelo poder público, precisam se esquivar de quem tem mais anos de criminalidade do que muitos deles de carreira. Não é de hoje que a categoria vive na mira desses criminosos.
Prova disso é que vários colegas policiais já foram vitimados em represália a atuação destes corajosos policiais no combate ao crime organizado, e apesar do risco, estes hoje e sempre, continuam e continuarão tentando sobreviver sem se esconder, expondo as suas vidas para manter a sociedade livre destes marginais.
Apesar da exposição e risco da carreira policial, o Governo não reconhece o empenho daqueles que enfrentam a guerra urbana diariamente, e de forma injusta, tratam injustamente nossos Policiais Civis de forma diferente aos militares em diversas questões, dentre elas, a da aposentadoria. “Lidamos com o alto escalão do crime. Estamos sempre a mercê da criminalidade, enquanto tentamos nos manter vivos e garantir a integridade da nossa família. Oferecemos o nosso bem mais valioso em troca de uma sociedade segura. Os fatos mostram isso, o que é suficiente para termos uma aposentadoria igual a dada aos militares das forças armadas e a chance de passar os últimos dias com dignidade”, afirmou o presidente do Sinpolsan, Marcio Pino.