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SINDICAL

Governo quer fiscalizar Policiais Civis. Mas quais?

Os coletes à prova de balas estão vencidos, as delegacias não têm efetivo para atender a demanda e desempenhar suas funções, faltam munições, as armas novas prometidas ainda não chegaram. Para um simples indiciamento nas delegacias, é necessário sujar os dedos quando colhem as suas digitais, serviço esse que até nas portarias de prédios residenciais é realizado de forma digital atualmente.

Esse é o cenário da segurança pública no estado de São Paulo, a mesma região que passará a ter tablets dentro das viaturas a partir desse semestre. O governo chama a medida de modernização. A realidade mostra mais uma forma encontrada de chamar atenção.

De acordo com a administração estadual, o novo sistema de monitoramento visa acabar com os chamados “voos livres”, deslocamento feitos sem o controle dos supervisores, na Polícia Civil. Mas, aí surge a dúvida: se não há profissionais e veículos suficientes para manter a segurança da população, como os poucos que existem terão tempo de usar as viaturas fora de missão?

“Não tem o que fiscalizar, pois com o baixo efetivo, impossibilita o voo de qualquer policial que tem que ficar o dia inteiro na Unidade Policial. Em muitas delas, temos apenas um delegado, um policial”, afirmou o presidente do Sinpolsan Marcio Pino, que apoia o investimento tecnológico, desde que seja feito com planejamento e coerência.

Para Pino, falta organização na forma como o líder tucano trata a segurança pública.

“O governo está perdido. Prometeu melhorias e até agora a situação só piorou. Principalmente com a criação de novas unidades policiais sem reposição do efetivo. Repete o velho problema de quem não procura o diálogo com quem entende do assunto e vive as dificuldades”, finalizou.

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