“A Polícia Civil estava precisando de uma voz e a Frente Parlamentar vem reacender a esperança da categoria de uma nova realidade”. Foi com essa afirmação que o presidente do Sinpolsan, Renato Martins deixou clara a sua satisfação ao acompanhar a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Polícia Civil, na noite desta segunda-feira, na Assembleia Legislativa (Alesp), na capital paulista.
O lançamento aconteceu às vésperas da votação do PLC proposto pelo Governo, cujo conteúdo envolve um reajuste aplicado no salário-base dos policiais de forma não-linear. A discrepância entre o aumento apresentado para civis e militares causou indignação às lideranças sindicais.
Em meio a outros representantes dos profissionais de segurança, Martins reforçou os problemas enfrentados pelos policiais do estado de São Paulo, destacando, sobretudo, a falta de funcionários, que está alcançando os 17 mil trabalhadores. “O diagnóstico todo mundo sabe, o que precisamos é reverter esse cenário e convencer o governo de que policiar é diferente de investigar”, afirmou.
A Frente Parlamentar é coordenada pelo deputado estadual, Paulo Reis (PT) e permitirá ao setor discutir mensalmente as principais questões que afligem a instituição. “A ideia é mostrarmos a situação que estamos passando, mas é importante lembrar que se não houver unidade as coisas não mudam. O que fizeram com a Polícia Civil ao longo dos anos foi uma destruição sem precedente. E o Doria veio para jogar a pá de cal”, disse Reis, já considerado o deputado da categoria.
“Temos que falar sobre o adoecimento dos policiais, o suicídio é pandêmico e isso precisa mudar”, finalizou o parlamentar.
