Falhas no Iamspe vão ser investigadas
A falta de comprometimento do poder público não se restringe ao ambiente profissional dos Policiais Civis. Não é de hoje que o Sinpolsan também luta para garantir um sistema de saúde digno à categoria.
As irregularidades encontradas no Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe) já foram alvo de manifestações e tentativas de diálogo com o governo. Normalmente, em vão.
No entanto, a semana passada foi marcada por uma boa notícia: a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar os erros em terceirizações e privatizações na entidade. A medida foi publicada no Diário Oficial da União.
A instalação da CPI depende, agora, de decisão do Presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Carlão Pignatari, que precisa seguir as normas regimentais. A comissão deve ser formada por 9 deputados e o prazo de averiguação será em torno de 120 dias.
Criado há 60 anos, o Iamspe, vinculado ao Governo do Estado e subordinado à Secretaria da Saúde, recebe reclamações constantes dos trabalhadores ligados ao funcionalismo público, por ser um sistema falho e negligente. A dificuldade no agendamento de consultas e as condições precárias de assistência estão entre as principais e históricas queixas das diferentes categorias que o utilizam.
“Essa ação é de extrema importância, já que o sucateamento do Iamspe é uma questão que nos aflige e faz parte da nossa pauta de reivindicações. Gostaria de parabenizar a Frente Parlamentar e convocar todos os colegas e servidores para que tentem pressionar os seus deputados na Assembleia. É fundamental que eles participem, apoiem e iniciem um trabalho sério para tentar averiguar os contratos de terceirização celebrados entre o Iamspe em cada região do estado. Isso com certeza vai reverter em melhorias na qualidade dos serviços a serem prestados aos servidores”, destacou o presidente do Sinpolsan, Renato Martins.