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SINDICAL

Candidatos, policiais buscam novos rumos para a categoria

Faltam apenas dois dias para as eleições e se tem uma palavra que representa esse momento, sem dúvida, é esperança. Apesar disso, muitos ainda esquecem, na hora de apertar o botão, que estão com o poder nas mãos.

A cada dois ou quatro anos, a sociedade tem a oportunidade de julgar, refletir e, então, decidir. E para alguns, essa data é ainda mais emblemática pois traz à tona todo o descaso sofrido, sendo a hora de mostrar que não se deram por vencidos. É o caso dos Policiais Civis, que estão preparados para buscar uma nova realidade, lembrando quem sempre os deixou de lado e evitou o diálogo.

Cansados de terem seus direitos retirados eles decidiram, inclusive, se tornar protagonistas para que possam ser a voz da categoria dentro da Câmara Municipal de Santos.

Encontro

Alguns desses nomes foram apresentados na tarde desta quinta-feira, no Brasil Futebol Clube, em um encontro organizado pelo Sinpolsan. A reunião foi a forma imparcial encontrada pelo presidente do Sindicato, Marcio Pino, de mostrar os candidatos compromissados com projetos voltados aos profissionais de segurança.

“A gente constrói, luta, batalha, mas sabemos que quem decide são os políticos e na Câmara de Vereadores é onde tudo se inicia, quem está lá dentro tem acesso direto e afinidade com deputados estaduais e federais. Não podemos virar as costas para aqueles que se prontificaram a ajudar os trabalhadores e o nosso Sindicato”, afirmou Pino.

Ele também aproveitou a ocasião para conscientizar sobre a importância do voto. “Não podemos esquecer daqueles que nos traíram. Esse é o momento certo, porque senão vamos ficar amargurados, no mínimo, mais dois anos até a próxima eleição. Agora é a hora da resposta. Mais do que um protesto, mais do que uma ação judicial do Sindicato, o descontentamento tem que ser mostrado nas urnas. Lembrem daqueles que apoiaram a Reforma da Previdência, dos que votaram na Reforma Administrativa contra os trabalhadores, daqueles que deram um reajuste ínfimo, mas em compensação um desconto máximo. Descarregue toda a sua raiva na urna. É hora de dar o retorno”, destacou, certo da importância de oferecer apoio ao grupo que sente na pele as dificuldades enfrentadas pelos Policiais.

Candidatos

Adriano Piemonte (17111), do PSL, é um deles. O candidato tem como prioridade o fim da defasagem de funcionários nas delegacias e um reajuste salarial digno. Ex-agente penitenciário e Policial Militar, e há 15 anos atuando como Agente de Telecomunicações, ele garante estar ciente de todas as dificuldades enfrentadas pelas categorias. “Vou apoiar o sindicato e seguir com a nossa luta. Vou pleitear junto a prefeitura e ao governo estadual, através da Câmara, a criação de um posto de atendimento da Polícia Civil na orla da praia e vou lutar que a prefeitura dê tratamento igualitário à Polícia Civil, que hoje é desprezada e desfavorecida em comparação à Polícia Militar”, afirmou.

No mesmo partido e também pronto para melhorar o poder de compra dos policiais, o Perito Criminal Sérgio Maraccini (17747) conta com um projeto específico para que os trabalhadores possam ter uma renda extra. O objetivo é oferecer a corporação a chance de um salário extra junto a Prefeitura. Seria o chamado “bico oficial”.

“Quero fazer um projeto de ronda 24 horas. Para isso, seria feito um convênio entre as polícias civis e militar com a Prefeitura, no qual o policial vai poder participar, se ele quiser, nas horas de folga. Vai ter o direito de receber a atividade delegada. Vamos fazer um projeto para pegar os moradores de rua e flanelinhas, porque a Guarda Municipal não tem poder de polícia. Não sou a favor do bico oficial, eu acho que o policial deveria ter salário decente, mas na atual conjuntura ninguém vai ter aumento em 4 anos, então a curto prazo essa seria uma possibilidade. Vou fazer um Projeto de Lei, chamar o prefeito e mostrar que essa pode ser solução para a segurança”.

A policial Andrea de Castro também acredita que a realização de convênios com a Prefeitura podem trazer um retorno positivo para a categoria e para a Cidade. “Como a gente tem hoje um contingente pequeno de policiais, que não está dando conta do serviço nas delegacias, a minha proposta seria colocar a Guarda Municipal ajudando no atendimento nos DPs. Podemos, de repente, fazer um convênio com funcionários administrativos da Prefeitura ajudando na digitação de BOs, assim poderíamos deslocar para investigação e inquérito os policiais que estão fazendo esse serviço”, destacou a advogada, que também planeja um trabalho voltado especificamente aos moradores de rua.

O investigador Ditinho Fernandes (17888), do PSL, garantiu que será a voz da Polícia Civil dentre da Câmara, brigando pelos direitos da categoria junto ao Governo Estadual. “O Ditinho vai estar lá falando pelos policiais como vereador de Santos. Em relação a Câmara e projetos de lei, vamos ter que estudar o que podemos fazer, o que já está em andamento. Precisamos focar no apoio do município à categoria, fazer convênio com o Estado, para mudar a forma como somos tratados operacionalmente. Falta muita coisa nas delegacias. Vários distritos estão desgastados, não temos material para trabalhar. Quem tem que resolver isso é o Estado. Vamos enviar requerimento para que olhem a nossa polícia de maneira diferente”.

Atual presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB e ex-Policial Militar, Elton dos Anjos (25022), do DEM, tem como projeto principal mostrar para a sociedade o que a Polícia Civil faz em Santos sem reconhecimento. “As delegacias estão abandonadas, o pessoal está sem viatura, sem armamento, sem colete e nenhum preparo para oferecer serviço de qualidade para a população. A Câmara de Santos junto ao prefeito pode trazer benefícios para a Polícia Civil e Guarda Municipal. Quero fazer essa integração. Existe um convênio que pode ser feito para treinamento para a guarda, é importante para o município”.

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