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Autismo: a procura por especialista para identificar sintomas

Observar os filhos se desenvolverem dentro de alguns padrões, considerados normais, é um dos principais anseios da maioria dos pais, sobretudo, os de primeira viagem. Nos grupos de mães chega a haver, até mesmo, uma disputa para ver qual bebê será o mais “prodígio” da turma. O problema é que essa angústia para que a criança ande, fale e se destaque faz com que famílias confundam algum atraso com o chamado Transtorno de Espectro Autista (TEA). No entanto, para chegar ao diagnóstico correto, é preciso buscar especialistas, que vão fazer um acompanhamento e avaliar comportamentos específicos.

De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais, o TEA é diagnosticado quando houver três déficits na comunicação social e pelo menos dois no comportamento repetitivo e restrito. Além disso, pesquisas apontam que a identificação só pode ser feito em crianças a partir dos três anos de idade. Entretanto, especialistas afirmam que os sinais podem ser percebidos desde o nascimento, ou seja, antes dessa faixa etária.

“O olhar é extremamente importante para demonstrar o vínculo materno. Enquanto é amamentado, o autista pode não fitar a figura da mãe e ter um olhar perdido”, explica o médico Estevão Vadasz, coordenador do Programa de Transtornos do Espectro Autista do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, mostrando como o reconhecimento pode ser precoce.

Os sintomas do transtorno variam muito conforme o tipo, mas os mais frequentes são: ausência completa ou dificuldade de manter contato interpessoal (principalmente contato visual), incapacidade de aprender a falar (ou não usa a fala como forma de comunicação), incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental, o paciente fica ausente ou voltado para si mesmo, comprometimento da compreensão. 

Entre os citados, a estereotipia é muito frequente. Ela pode se manifestar em ações como bater os pés, balançar o corpo, girar objetos, emitir sons repetitivos, entre outros. Os movimentos, autorregulatórios, são feitos para buscar sensação de bem-estar ou ainda para aliviar o estresse. Esse é considerado, sem dúvida, um sinal importante que deve ser avaliado por um especialista.

“É interessante que as pessoas entendam que essas crianças têm dificuldades na socialização e na comunicação. As limitações comportamentais, através do trabalho da equipe multidisciplinar e da participação ativa da família, resultam em avanços significativos ao tratamento”, mencionou Marcela Pino, mãe de uma menina autista.

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