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SINDICAL

Acelera SP ou Espera SP?

No currículo político um slogan indicando agilidade. Na trajetória de governo, atraso no pagamento de direitos, promessas longe de serem cumpridas. Não é de hoje que o poder público tem sua gestão baseada em contradições.

Durante a sua campanha para prefeito de São Paulo, João Doria acreditou no jargão Acelera SP para garantir votos. Anos depois e, agora, à frente do Palácio dos Bandeirantes, ele mostra que quando se trata de segurança, celeridade não é exatamente o seu forte.

Delegacias em péssimas condições, salários defasados e, para piorar, policiais esperando para receber a bonificação, prevista em lei, após aderirem a Jornada de Trabalho Extraordinária nos meses de janeiro, fevereiro e março, a chamada Operação Verão.

Diante do cenário, fica a dúvida, seria Acelera, Rasteja ou Espera SP? Será que o pé no acelerador é válido apenas para agilizar o trânsito nas marginais? Talvez Doria entenda que o restante pode mesmo ser feito de patinete, de preferência, sem motor.

Recentemente, o Sinpolsan demonstrou a sua indignação em relação a demora no pagamento das escalas extras dos policiais civis que abriram mão da sua folga para atender a um chamado do governo. O objetivo foi reforçar a segurança nas cidades do litoral durante a temporada de verão. Cumpriram a sua missão, deixaram as suas famílias e não foram recompensados.

O Sindicato chegou e enviar um ofício cobrando providências. No entanto, segue aguardando retorno. “Já ficou claro que quando se trata de promessas que beneficiam a população ou os servidores ao invés de acelera, o lema do governo é ande devagar. Agora, quando se fala em praças de pedágio e aumento de tarifas, ninguém pensa duas vezes. Segurança deixou de ser prioridade faz tempo. Segurança só ganha destaque no palanque, depois volta para a gaveta”, afirmou o representante dos policiais civis na Baixada Santista, Marcio Pino.

Tudo indica que Doria não conhece as frases “Como se não houvesse amanhã” ou “Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje”.

Na visão do governador, porque reajustar os policiais civis agora se até o final do mandato os profissionais de segurança do estado serão os mais bem pagos do País? Talvez a ideia de virar as costas para a categoria seja uma estratégia para que ao depois de quatro anos, existam boas promessas a serem feitas em busca um novo quadriênio recheado de expectativas, normalmente, frustradas.

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