Em meio a uma pandemia mundial, apesar de todos os olhares estarem voltados ao extermínio do coronavírus, outros assuntos ainda integram o cenário médico ou até mesmo o dia a dia da sociedade. A chegada do mês de abril traz à tona um transtorno muito falado mas, talvez, pouco conhecido: o autismo ou, tecnicamente, o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
Nesta quinta-feira (2), conforme definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, quando cartões-postais de todo o planeta se iluminam de azul. No Brasil, o mais famoso é o Cristo Redentor. Algumas ações também marcam a data, como a caminhada que reuniu dez mil pessoas na Avenida Paulista em 2019.
Neste ano, pela primeira vez, a comunidade envolvida com a causa segue, unida. O engajamento vem em uma campanha nacional com tema único: “Respeito para todo o espectro”. Os debates são marcados pela hashtag #RESPECTRO nas redes sociais.
“Acho importante a abordagem do tema. Falar do assunto é importante porque ainda existem muitos mitos em torno desse transtorno. Sei que o momento é delicado e estamos todos focados no COVID-19, mas também é fundamental estarmos atentos a tudo o que nos rodeia”, afirmou o presidente do Sinpolsan, Marcio Pino.
Saiba mais
O autismo é uma condição de saúde caracterizada por déficit em duas importantes áreas do desenvolvimento: comunicação social e comportamento. Não há só um tipo de autismo, mas muitos subtipos. Elas se manifestam de uma maneira única em cada pessoa. É tão abrangente que se usa o termo “espectro”, pelos vários níveis de comprometimento. Há desde pessoas com outras doenças e condições associadas (comorbidades), como deficiência intelectual e epilepsia. Existem até pessoas independentes, com vida comum, mas algumas nem sabem que são autistas, pois jamais tiveram diagnóstico.