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16 de Outubro: Uma data para não ser esquecida jamais

Os Estados Unidos elegeram o seu primeiro presidente negro, Neymar fez a sua estreia, Michael Jackson morreu, houve a revolução do Iphone e até mesmo o impeachment de Dilma. Muitos fatos transformaram o Brasil e o Mundo nos últimos 11 anos.

No entanto, quando se fala em segurança pública, o cenário é o mesmo: policiais buscando valorização, enquanto o governo evita o diálogo. Basta olhar pra trás, ou melhor, fazer uma busca no Google para encontrar manchetes do tipo “Tropa de choque da PM entra em confronto com policiais civis em greve em SP”.

Mais de uma década

A reportagem poderia ter sido publicada hoje. Porém, é de 2008, quando os civis já iam às ruas para reivindicar melhores condições de trabalho. O governador, à época, era José Serra, mas também poderia ser Alckmin ou Doria. Afinal, só muda o personagem, nunca o discurso.

“Nunca vamos esquecer esse momento trágico, no qual polícias coirmãs acabaram se enfrentando em virtude da intransigência do governo estadual, que na ocasião já se negava a conversar e dialogar, situação que se repete atualmente, poucos meses após a eleição do governador atual”, afirmou o presidente do Sinpolsan, Márcio Pino.

Confronto entre Policiais Militares e Civis nas ruas de São Paulo, em 2008

“Não vemos perspectiva de diálogo e seguimos aguardando até 31 de outubro para que a tão esperada valorização seja feita. Aguardamos que a palavra seja cumprida para que não seja necessário novos movimentos relembrando o ano de 2008”, complementou.

Apesar da expectativa, o presidente do Sinpolsan não descarta a possibilidade de novas paralisações, caso a categoria não seja ouvida. “Se for preciso, vamos colocar nossas reivindicações e opiniões nas ruas”.

O encontro com parlamentares, assim como a organização de protestos, tem permeado a gestão de Pino à frente do Sindicato da Baixada Santista e região.

O objetivo é evitar que os policiais civis continuem sendo vítimas de governantes nada interessados em investir em qualificação, infraestrutura e armamentos. O resultado são muitas propostas, porém poucas transformadas em realidade.

“Infelizmente, ainda vivemos de esperança, mas jamais ficamos sentados esperando que a mudança aconteça. Unidos temos ido cada vez mais longe mostrando as necessidades dos companheiros e o seu papel fundamental diante da sociedade”, finalizou Pino.

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