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Se santo de casa não luta por direitos, como fará milagres?

Talvez luta e mobilização não sejam suficientes quando falta esforço, empenho, união e dedicação. Esse foi o ensinamento deixado pelo comandante da PM, Marcelo Vieira Salles, em seu discurso sobre as conquistas obtidas com a inserção da categoria no Projeto de Lei 1645, que também contempla pleitos das Forças Armadas e dos bombeiros.

O PL, que teve o seu texto-base aprovado pela comissão especial nesta semana, trata da reforma das aposentadorias dos profissionais de segurança. Desde que o governo apresentou a primeira proposta com mudanças na Previdência, esses trabalhadores buscam fugir à regra, uma vez que a sua rotina e os seus direitos, assim como a nossa (policiais civis), não são equivalentes aos benefícios oferecidos às demais carreiras da classe trabalhadora. Foram meses de reivindicações, mas parece que, mais uma vez, esqueceram de um grupo na hora de finalizar as exceções.

“Parabenizo o empenho e o esforço do comando das PM’s por terem lutado juntamente com as entidades representativas de classe visando manter os seus direitos, isso é mais do que merecido. O nosso sonho é que o comando das polícias civis de todo o País tenham o mesmo cuidado e atenção na luta pela manutenção dos direitos e garantia de novas conquistas”, afirmou o presidente do Sinpolsan, Marcio Pino. mostrando que a falta de comprometimento e valorização da categoria acaba gerando apenas prejuízos e resultados negativos.

“No nosso caso, quando o esforço acontece pelos gestores, geralmente acaba sendo voltado apenas para um cargo, deixando a instituição como um todo abandonada. Está na hora de os nossos gestores reverem as suas atitudes. Parabéns à PM”, destacou.

Vale destacar que, assim como os militares, os civis são titulares de apenas seis dos 37 direitos trabalhistas inseridos na constituição. Eles não contam com Fundo de Garantia, Hora Extra, adicional noturno, entre outros. Isso sem contar o fato de seguirem sob o risco iminente de perder a vida. No entanto, quando se trata dos policiais civis, o poder público continua acreditando que retirá-los da proposta inicial significa oferecer vantagens, enquanto os trabalhadores buscam somente regras mais brandas para um fim de carreira com mais dignidade.

“Mas, a vitória da PM mostra que é possível alcançar as mudanças tão almejadas. O nosso problema talvez seja a falta de interessados em abraçar a nossa causa, a ausência de comandantes que respeitem o nosso trabalho e percebam que façam parte de um todo”, finalizou.

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