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SINDICAL

Sinpolsan pede interdição do 2°DP de Santos

E a história se repete, porém, dessa vez, em novo endereço, na mesma cidade. Após a interdição do Palácio da Polícia, localizado no centro de Santos, devido ao seu estado crítico de deterioração, o Sinpolsan pede, agora, o fechamento do 2 Distrito Policial, instalado no bairro do Jabaquara.

Por meio do seu departamento jurídico, o Sindicato ingressou com uma medida cautelar para que o local tenha as suas atividades paralisadas, por tempo indeterminado. A decisão foi tomada depois de o teto da sala de um dos escrivães desabar, na madrugada do último sábado, dia 27.

O cenário apenas escancarou, novamente, o cenário de descaso e falta de investimentos do poder público no sistema de segurança do Estado.

O objetivo da ação ajuizada, nesta quarta-feira, é evitar novas ocorrências, já que vistoria feita no prédio pelos próprios funcionários constatou antigas irregularidades, como goteiras e rachaduras.

Os problemas estruturais, possivelmente resultado de infiltrações, podem colocar em risco a integridade física de autoridades, servidores e pessoas que frequentem a delegacia.

Interdição

De acordo com o documento protocolado no Tribunal de Justiça, o bloqueio do edifício deve ser feito “até que seja definitivamente homologada a prova pericial postulada, protegendo-se, assim, o sítio onde deverá ser realizada a perícia”.

“Estamos pedindo produção antecipada da prova. É preciso que seja feita feita prova pericial para constatar o que aconteceu na sala, do ponto de vista técnico, e também para verificar o estado geral do prédio, uma vez que o Boletim de Ocorrência elaborado (na data do acidente) faz referência a sinais de que já existiam e prenunciavam o acontecido. Diante disso, também podem estar indicando alguma futura eventual ocorrência grave, no que diz respeito a incolumidade física, da vida das pessoas que trabalham ou do público”, destacou o advogado, responsável pelo caso, Guilherme Jacob.

Para o presidente do Sinpolsan, Marcio Pino, que acompanha atentamente o estado de conservação das unidades policiais, a interdição é vista como urgente. Ela acontece, inclusive, num momento propício, pois a pandemia do coronavírus reduziu o movimento nas delegacias, permitindo maior registro de Boletins de Ocorrência (BO) pela internet.

“Tivemos sorte que esse primeiro desabamento aconteceu no final de semana. Ainda bem que não feriu nenhum profissional. No entanto, é um indício de que algo não vai bem. Será que o governo vai esperar pelo pior para tomar alguma providência? A falta de estrutura das delegacias é um problema histórico e, até agora, sem solução. Isso precisa mudar”, finalizou.

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