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PandemiaSINDICAL

Não estamos todos no mesmo barco

Há quem insista em dizer que a pandemia do coronavírus colocou todo mundo no mesmo barco. No entanto, a realidade é outra. Talvez todos estejam enfrentando a mesma tempestade, porém cada um com a sua possibilidade de proteção. E essa diferença é facilmente percebida quando comparamos as classes sociais e até mesmo as categorias profissionais.

Na luta por medidas de prevenção justas, desde o início da pandemia, os Policiais Civis vivem a mercê do novo coronavírus. Foram feitas mobilizações para distribuição, pelo governo, de máscaras e álcool em gel, e pedidos para afastamento dos indivíduos do grupo de risco. Tudo em vão.

Porém, uma medida tomada pelo poder público apontou um lapso de reconhecimento áqueles que estão na linha de frente do combate ao Covid-19, expostos diariamente ao risco de contágio: a execução de testes rápidos nos Batalhões da Polícia Militar, voltados também aos civis. A realização dos exames começou na capital paulista até chegar ao litoral do estado.

Baixada Santista

A iniciativa, que parecia positiva, começou a mostrar que “quando a esmola é demais, o santo desconfia”. Isso porque o tratamento disponibilizado aos militares não tem sido o mesmo oferecido aos civis.

“Quando o teste do militar acusa positivo, ele é encaminhado na própria unidade para fazer o PCR (exame considerado padrão ouro no diagnóstico da doença). Já o civil tem que ‘se virar’ e procurar uma unidade de saúde”, destacou o presidente do Sinpolsan, Marcio Pino, que tem recebido reclamações constantes.

Entre as críticas feitas pela categoria também está o impedimento de policiais moradores de Santos, porém lotados em outras cidades, realizarem o teste. O mesmo acontece com familiares residentes em outros municípios.

“Está um verdadeiro samba do criolo doido. Se não tem o mesmo tratamento, que seja feito nas nossas unidades e não na da PM, uma vez que prestigiam os militares em detrimento dos civis”, disse Pino.

Procurado, o Hilab, laboratório responsável pela realização dos testes não tinha informações para esclarecer as críticas feitas pelos Policiais Civis.

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