Em meio a constante luta pela reposição do efetivo, significativamente, defasado, os policiais civis vão ganhar um reforço no combate a criminalidade.
Ainda não significa o chamamento dos aprovados em concurso e, muito menos, um lapso de lucidez do governador mas, sim, uma conquista esperada há mais de uma década: a incorporação dos agentes penitenciários à categoria, dando a eles poder de polícia.
A aprovação da PEC 372/17 em segunda instância aconteceu nesta quinta-feira. O próximo passo é encaminhá-la para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para redação final e promulgação.
Os trabalhadores vão integrar a chamada Polícia Penal e serão responsáveis pela segurança interna e externa dos presídios, escolta, recaptura de presos e por investigações.
Para o presidente do Sinpolsan, Marcio Pino,a decisão garante o reconhecimento de um grupo desvalorizado e que vive a mercê de bandidos, muitas vezes, de alto escalão, líderes de grandes facções criminosas.
“Nada mais justo que eles sejam inseridos no contexto da segurança pública do País. Considero uma grande vitória que, certamente, vai auxiliar no nosso trabalho. Uma pena que o nosso grande amigo e defensor da causa, Daniel Grandolfo, não esteja aqui para presenciar e comemorar a justiça sendo feita”.
Presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Grandolfo morreu, há cerca de dois anos, vítima de um acidente de carro. Enquanto esteve à frente da entidade, ele atuou ativamente para garantir esse espaço aos agentes. “A luta dele foi essencial para que se chegasse até aqui”, disse Pino, torcendo para que chegue a vez dos guardas municipais.
“Eles também combatem o crime, assim como todos nós, nada mais justo que sejam inseridos no artigo 144”, finalizou.
