Sinpolsan relembra confronto e homenageia Escrivães
Falta de diálogo e de reconhecimento democrático, desvalorização e descaso. Enfim, o já conhecido cenário que envolve os profissionais de segurança e o poder público. No entanto, o dia 16 de outubro nos leva a um dos confrontos mais violentos resultantes da ausência de compromisso e comprometimento do governo: a chamada batalha campal entre Policiais Civis e Militares, que deixou, ao menos, 30 feridos, durante a greve de 2008. Após uma década e meia, as marcas não deixaram de existir.
A data é uma oportunidade de relembrar também a necessidade de luta e o direito de reivindicação da categoria. Aquele momento serviu de exemplo da força que os policiais possuem quando unidos pela mesma causa. O Sinpolsan também aproveita a data para render homenagens aos Escrivães de Polícia Pedro Perez e João de Moraes, ícones do Escrivanato e atuantes em todas as mobilizações em busca da valorização policial.
O primeiro enfrentamento entre as corporações aconteceu próximo ao Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista, após a Polícia Civil organizar uma passeata, com a participação de 12 mil pessoas, para pressionar o governo, que se mostrava irredutível diante das reivindicações da categoria. Cumprindo ordens dos superiores hierárquicos, os Militares arremessaram bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral, e dispararam tiros de balas de borracha em direção aos manifestantes.
“Foi um confronto desnecessário, incentivado por um Governo inconsequente que recusou o diálogo e colocou as instituições em combate, deixando sequelas até hoje. Já se passaram 15 anos, mas segue viva a memória de um momento triste, que apenas revela o descaso do poder público com a segurança pública, em especial com os policiais civis. Mas, apesar disso, nós nunca desistiremos de seguir lutando”, disse o presidente do Sinpolsan, Renato Martins.