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SINDICAL

Seja na fila do hospital, na mira dos bandidos ou durante a greve dos professores, a prioridade é orar pelos políticos

Projetos engavetados, promessas de campanha não cumpridas, serviços básicos sucateados. O cenário continua sendo de descaso e, mais uma vez, ficou claro o motivo: falta de prioridade. Enquanto a população implora por melhorias na saúde, segurança e educação, João Doria segue preocupado com “amenidades”.

E aqueles que pensavam já ter visto de tudo, acreditem, ainda há espaço para mais surpresas, sempre negativas, claro! A novidade, agora, foi a aprovação de um dia exclusivo em que as pessoas poderão orar pelos políticos.

Não, você não leu errado, é isso mesmo. Foi aprovada pelo governador a proposta para criação do “Dia da oração pelas Autoridades da Nação”. A data será celebrada toda terceira segunda-feira do mês. A decisão foi publicada no Diário Oficial de 31 de julho gerando, certamente, indignação na sociedade.

Afinal, quem precisa de oração, os políticos que assistem de camarote pacientes morrerem na fila do SUS ou os doentes que são obrigados a agonizar até a morte enquanto esperam por atendimento?

Será mesmo que a mãe desempregada que aguarda uma vaga para o filho na creche para, então, se candidatar a uma oportunidade de trabalho, deve se ajoelhar e rezar por aqueles cujos filhos estão desfrutando do melhor ensino privado ao mesmo tempo em que eles mantém a fortuna às custas do povo?

Devem mesmo os trabalhadores rezarem pela vida de quem aprova uma reforma que os faz trabalhar até a morte?

E os Policiais Civis, devem pedir folga neste dia para que possam ir à igreja orar por aqueles que solicitam o seu serviço extra e não pagam por ele? Ou será que devem rezar para que se mantenham no poder enquanto a categoria é obrigada a se afastar da carreira devido às péssimas condições que os levam a transtornos físicos e psicológicos?

São tantas perguntas e uma só resposta: vergonha. “Vivemos a era do pão e circo, só que na versão atual, os brasileiros ganharam o papel de palhaços. Não há outra explicação”, afirmou o presidente do Sinpolsan, Marcio Pino. “Passamos anos, décadas, aguardando mudanças, sendo vítimas da burocracia, ficando a mercê de discussões. Mas quando há interesse, tudo é resolvido rapidamente, isso tem sido recorrente”.

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