Se a categoria não acordar, a aposentadoria vai acabar. Esse foi o balanço feito pelo presidente do Sinpolsan, Marcio Pino, após participar de mais uma manifestação contra a Reforma da Previdência Estadual.
O ato aconteceu, nesta terça-feira, em frente a Assembleia Legislativa de São Paulo e, ao contrário do que se esperava, não contou com o apoio efetivo dos policiais civis.
Enquanto os professores lotaram a plenária mostrando a sua união, os profissionais de segurança seguem à espera de um milagre, esquecendo que para mudar, é preciso lutar.
Será que é de braços cruzados que queremos mesmo ficar? Essa é a pergunta que fica quando, ao invés de se mobilizar, os trabalhadores decidem se calar.
Perdas
Entre os prejuízos previstos com as novas regras do líder tucano está o aumento da alíquota de contribuição de 11% para 14%. O impacto da medida é ainda mais significativo quando se trata dos policiais civis, pois reduz o já irrisório aumento salarial anunciado pelo governador. Mais um motivo para que a categoria deixe de lado o medo de retaliação e vá às ruas em busca dos seus direitos.
“Pode parecer clichê, mas juntos somos sempre mais fortes. Não canso de repetir isso, pois precisamos mostrar que estamos prontos para o enfrentamento. Quando realizamos a assembleia no sindicato, definimos um plano de ações contra as arbitrariedades de Doria. A reforma faz parte desses absurdos. Mal começamos e já vamos desistir?”, disse Pino.
O representante dos policiais civis na Baixada Santista e Vale do Ribeira passou a tarde na Alesp acompanhando a votação dos Projetos de Lei de interesse dos trabalhadores. Entre eles está o PLC 78/ 2019, que altera a Lei Complementar responsável por instituir a Bonificação por Resultados aos integrantes das polícias Civil, Técnico Científica e Militar.
Foi colocado em votação também o PLC 79/2019, que dispõe sobre a reclassificação dos vencimentos e salários dos servidores das carreiras da segurança. “Nenhum deles contenta ou agrada, é uma decepção para toda a categoria”.
